DFTV 2ª Edição > 27/08/2010 > Reportagem
Apenas no primeiro semestre deste ano, os acidentes com motos mataram 56 pessoas - dez a mais do que no mesmo período do ano passado.
A cada dia, 25 motos são compradas no DF. Já são 130 mil circulando nas ruas da cidade. De janeiro a junho, 56 motociclistas morreram no trânsito. Em 2009, foram 46 mortes no mesmo período. Só esta semana mostramos três acidentes com mortes.
A maior parte dos acidentes acontece com quem só usa a moto como meio de transporte e não como instrumento de trabalho. Em 40% dos casos fatais os motociclistas estavam sem a carteira e em 60%, sob efeito de álcool.
“Na grande maioria das vezes são condutores jovens, entre 18 e 29 anos. Tem de ser habilitado, tem de ser qualificado, respeitar legislação de trânsito e evitar andar no corredor”, destaca o diretor de segurança do Detran, Silvaim Fonseca.
O mecânico Éder Bueno corre com a moto para chegar no tempo combinado e já sofreu vários acidentes. “No último eu peguei dois parafusos no pé. Eu fui fechado”, lembra.
Os mototaxistas também se arriscam trabalhando na clandestinidade. A lei que legalizou a profissão há um ano ainda não foi regulamentada no DF. “A gente trabalha com medo da polícia, do Detran, de multa, de apreensão do veículo”, diz o mototaxista Conde Gomes Nascimento.
O motorista que também é motoqueiro sabe do perigo “Ando com muito cuidado, dirijo para mim e para os outros”, destaca o motorista Carlos Alberto Alves.
A Secretaria de Transportes informou que não regulamentou a profissão de mototaxista porque considera a atividade perigosa. Em setembro o Detran deve começar a ministrar o curso obrigatório pelo Contran para motociclistas que levam passageiros ou mercadorias.
Luísa Doyle
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