quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Robô pode ser considerado motorista, decide órgão regulador dos EUA

11/02/2016 - Folha de SP - Financial Times / Estadão - Reuters

Robô pode ser considerado motorista, decide órgão regulador dos EUA

Uma barreira significativa ao plano do Google de colocar nas ruas carros autoguiados foi removida, após a autoridade de transporte nos Estados Unidos determinar que um robô pode atender à definição legal de "motorista".

Em carta a Chris Urmson, diretor do projeto do carro autoguiado no Google, a Administração Nacional da Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA) americana anunciou que concordava com a interpretação proposta pela empresa para o código federal de segurança de veículos motorizados, exigido para o uso nas vias públicas dos EUA.

O Google alega que os carros serão mais seguros quando os seres humanos não tiverem capacidade de intervir em sua condução de maneira alguma, e os veículos dependerem exclusivamente de um sistema de inteligência artificial que tomará decisões com base num conjunto de sensores, mapas e câmeras.

Essa abordagem é mais extrema que a de muitas montadoras, que defendem uma mudança mais gradual para a condução autônoma, o que por muitos anos ainda requereria controle dos veículos por um motorista humano.

"A NHTSA interpretará 'motorista' no contexto do projeto de veículo motorizado descrito pelo Google, como referência ao sistema de autocondução, e não a qualquer dos ocupantes do veículo", diz a agência. O órgão concorda que o carro autoguiado do Google "não contará com um 'motorista' tradicional", como tem ocorrido nos últimos cem anos".

O Estado de SP - Reuters

Carros autônomos serão tratados como motoristas nos EUA

De acordo com carta enviada ao Google, a agência de transportes dos EUA irá classificar o sistema que guia carros sem condutores como sendo um motorista

O carro autônomo do Google está cada vez mais perto de se ganhar as estradas dos Estados Unidos. Nesta quarta-feira, 10, a Administração Nacional para a Segurança do Tráfego Rodoviário (NHTSA, na sigla em inglês), informou por meio de carta que o sistema que guia os carros sem condutores poderá ser tratado como um motorista.

Segundo reportagem publicada pela Reuters, a mudança no código de trânsito do país deve ocorrer após um pedido feito pelo Google em 2015. Na requisição, a empresa pediu para que a NHTSA passasse a considerar carros autônomos como qualquer outro automóvel em circulação, tentando incentivar a popularização dos carros sem motoristas nas ruas do país.

"Vamos considerar que os ocupantes do carro não são os motoristas. Se nenhum humano ocupante do veículo pode dirigir o carro, é razoável identificar o motorista como sendo qualquer coisa que esteja dirigindo. ”, escreveu o chefe do conselho da NHTSA, Paul Hemmersbaugh, por meio do comunicado. "Concordamos  que não haverá um condutor no sentido tradicional que os carros tiveram durante os últimos 100 anos”.

Atualmente, o código de trânsito dos EUA diz que o motorista é quem ocupa o sistema de controle de um automóvel.

Apesar da resposta, a alteração nas regras deverá levar algum tempo, de acordo com Hemmersbaugh. ”A próxima questão é se o Google poderá se certificar que o sistema de auto-condução atende um padrão desenvolvido e projetado para aplicar a um veículo com um motorista humano”, disse NHTSA.

A agência também afirmou que a empresa deve reconsiderar a ideia de remover componentes destinado a motoristas, como pedais de aceleração e freio. Recentemente, já era esperada uma flexibilização nas regras de segurança para carros autônomos.

A decisão é uma boa notícia não só para o Google, mas também para a maior parte das montadoras de carros e das empresas de tecnologia, que têm entrado em uma corrida para desenvolver e vender carros que possam ser considerados autônomos.

Hoje, a maior parte dessas empresas têm feito críticas às atuais legislações federal e estaduais nos EUA, dizendo que regras de segurança impedem testes e o desenvolvimento desses sistemas. Na Califórnia, por exemplo, onde ficam as principais empresas de tecnologia, anteprojetos sobre o tema pediam que os carros autônomos tivessem volante e um motorista habilitado a bordo em todas as viagens.

Para Karl Brauer, analista da companhia de pesquisas automotivas Kelley Blue Book, ainda há questões legais significativas em torno dos carros autônomos. "Se a NHTSA está preparada para dizer que a inteligência artificial é uma alternativa viável aos motoristas humanos, isso pode acelerar o processo de ter veículos autônomos nas ruas”, disse.

Em sua resposta ao Google, a agência federal exibiu um mapa dos obstáculos legais ainda existentes para colocar os carros autônomos nas estradas. Segundo os reguladores, ainda há regras a respeito de segurança que não podem ser alteradas imediatamente, como requisitos para sistemas de freio que possam ser ativados pelos pés dos ocupantes do carro.

"A grande questão, agora, é como e quando o Google poderá mostrar que o sistema autônomo tem um padrão de desenvolvimento para se aplicar a um veículo acostumado a ter um motorista humano”, disse a NHTSA. Procurado pela Reuters, o Google disse que ainda está avaliando a resposta da NHTSA.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Rio de Janeiro, Terça-feira de Carnaval

09/02/2015 - Grupo Facebook COPACABANA ALERTA

‎Por Claudia Fassh‎

No domingo, minha filha pegou um táxi na Visconde de Pirajá, depois da Banda de Ipanema, com destino a Bolivar. 1 quarteirão depois, 1 rapaz com uma pequena mala, fez sinal para o táxi, que prontamente parou. Foi oferecido 90,00 para ser levado até o Santos Dumont. O taxista simplesmente pediu que minha filha saísse do carro. Ela tem 17 anos,mas é inexperiente em situações desse tipo. Resumindo, foi deixada numa rua pouco movimentada , assustada e com outros táxis lotados. Meu marido teve que ir buscá-la. 

Viva o Uber !!!!'

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Serviço de transporte privado Uber começa a operar em Goiânia

29/01/2016 - G1 GO

A empresa de tecnologia Uber vai começar a atuar em Goiânia nesta sexta-feira (29). Na capital, deve ser implantado o serviço do uberX, no qual o motorista oferece carros com quatro portas, ar condicionado e com menos de sete anos de uso. O valor mínimo da corrida é de R$ 6. O serviço estará disponível a partir das 14h.

Para solicitar, o usuário precisa ter o aplicativo instalado no celular e informar sua localização. O próprio Uber identifica o motorista mais próximo e envia o nome e foto do condutor, a média da nota dele no aplicativo, modelo e placa do carro e também é possível estimar o valor da viagem. O motorista só tem informação sobre a localização do passageiro após aceitar a corrida.

O valor a ser cobrado pelo serviço tem uma base de R$ 2,50 pela chamada, mais os valores de percurso e tempo de corrida. Todos os pagamentos são feitos pelo cartão de crédito do usuário, que já é cadastrado no perfil dele no aplicativo. A Uber fica com 25% do valor de cada corrida e o restante fica com o motorista.

Ao final da viagem o usuário avalia o condutor e como foi a experiência. O passageiro também recebe um e-mail com todos os detalhes do trajeto. Para se manter no aplicativo, o motorista precisa ter uma avaliação de, no mínimo, 4,7 estrelas, sendo a máxima 5. Se o condutor tiver nota abaixo desse número, ele recebe feedbacks da própria empresa para melhorar. Se isso não acontecer, ele é excluído da plataforma. A nota média dos motoristas no Brasil é de 4,85.

A gerente de marketing Carolina Pajaro, de 30 anos, contou que já usou o aplicativo em outras cidades. "A praticidade, a segurança é a qualidade do serviço. O motorista abre a porta para você, te pergunta qual música você gostaria de ouvir, se a temperatura está adequada”, afirmou.

Carolina contou ainda que há cerca de um ano sofreu um acidente de trânsito, do qual ainda está se recuperando. Desde então, usa táxi diariamente para ir a todos os lugares.

"O serviço não é bom. Os carros são muito ruins, muitos taxistas não têm comportamento adequado no trânsito, não se preocupam muito com o cliente. Na última semana, no entanto, eu tenho notado um movimento diferente, alguns já se mostraram mais cuidadosos com a vontade do passageiro. Acredito que a tendência [com o Uber] é aumentar a competitividade, o que é muito saudável já que o mercado hoje é muito amador”, avaliou.

A psicóloga Ana Elizabeth Pícolo afirmou que também acredita que a chegada do Uber em outras cidades inspirou mudanças no serviço de táxi. "Acho que é uma concorrência saudável e funciona, pois não prejudica os taxistas. O usuário quer conforto e segurança para chegar ao destino. Tem esse lugar para o Uber em Goiânia, é uma cidade grande”, comentou.

Concorrência desleal

O taxista auxiliar Eudione Souza, de 25 anos, afirma que a concorrência não é justa. "Acho que seria bom para os clientes, a população, mas é uma concorrência desleal conosco, taxistas, que pagamos tantos impostos para realizar nosso serviço”, afirmou.

O também taxista Lucas Costa Oliveira, de 22 anos, concorda com o colega. "Não é justo porque não tem regulamentação, não tem fiscalização. Para alugar um carro de alguma cooperativa de táxi pagamos até R$ 190 para ficar 24h com o veículo, sem falar em combustível, alimentação”, disse.

No entanto, Oliveira reconhece que a categoria precisa passar por melhorias. "Acho que precisamos de mais qualificação, ter jornadas de trabalho menos intensas e mais estrutura para trabalhar, como locais com banheiros”, analisou.

O taxista permissionário José Maria Barbosa, de 46 anos, relatou que ainda tem dúvidas sobre a regulamentação do Uber. "Se um acidente acontecer, como fica? O seguro pode não aceitar. Nós somos regularizados pela prefeitura, mas e eles? O serviço de táxi já é um trabalho de confiança, que existe há muitos anos e a população já conhece. Mesmo assim, pode fazer com que o serviço de táxi seja mais profissional, melhor qualificado”, ponderou.

Motoristas certificados

O diretor de comunicação da Uber no Brasil, Fábio Sabba, explica que para se tornar um motorista cadastrado na plataforma a pessoa precisar ter permissão para dirigir como atividade remunerada e fornecer duas certidões de antecedentes criminais, nos âmbitos estadual e federal.

 "Nós fazemos uma checagem dos antecedentes de todos os interessados e ainda checamos em todos os diários oficiais do Brasil para saber se a pessoa realmente não tem nenhum processo criminal aberto contra ele. Além disso, todas as viagens são rastreadas por GPS e o usuário pode enviar, a através do aplicativo, um link para quem ele quiser, que permite que essa pessoa acompanhe o trajeto e saiba o tempo que ele vai levar até o destino”, pontuou.

Para ser cadastrado na plataforma o condutor também precisa ter toda a documentação do veículo em dia e um seguro que cubra ele e o passageiro, em caso de acidentes, com valor mínimo de R$ 50 mil. As avaliações dos passageiros também são uma forma de "fiscalizar” a qualidade do serviço prestado.

"Essas notas e toda essa responsabilização, de saber com que está indo, com quem para onde também faz com que o motorista pense como um empreendedor, ele é como o dono de uma venda que sabe que se ele atende bem, o cliente vai voltar. Então ele sempre procura atender bem, mais gente deixa de usar carro, o mercado cresce e ele ganha mais dinheiro”, afirmou.

Sabba comentou ainda que os horários de trabalho são estipulados por cada motorista e eles só pagam a porcentagem para a empresa se trabalharem. "Alguns veem o Uber como uma opção para complementar renda e trabalham poucas horas por dia, outros que estão planejando algum gasto maior e querem juntar dinheiro para um fim especifico têm horários mais curtos e, também, aqueles que fazem turnos mais longos, como um trabalho", disse.

Legalidade

O diretor esclareceu ainda que o serviço prestado pela empresa é legal e previsto pela Lei da Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNUD) número 12.587/12, na qual o aplicativo Uber é considerado um serviço de transporte privado. Ainda conforme Sabba, em muitas cidades onde o Uber já existe estão sendo criadas novas medidas para regularizar o tipo de serviço oferecido pela empresa.

O G1 tentou entrar em contato com a prefeitura de Goiânia para saber se existia alguma proposta de regulamentação do serviço, mas as ligações não foram atendidas e o e-mail enviado não foi respondido até a publicação desta reportagem.

Espaço

Fábio Sabba afirmou, ainda, que existe muito espaço para o Uber na capital goiana. "Notamos que, em Goiânia, tem muita gente que tem carro e muita gente que já tem o aplicativo e usa em outras cidades, ou até que já baixou, mas porque está esperando sair aqui”, afirmou.

Goiânia é a sétima cidade a receber o serviço, depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Campinas. Conforme Sabba, a empresa avaliou número de motoristas interessados em se tornar parceiros e a quantidade de pessoas que já têm o aplicativo.

No entanto, a empresa não divulgou número de carros ou de usuários da capital goiana. No Brasil, existem 10 mil motoristas cadastrados e mais de 1 milhão de pessoas que têm o aplicativo desde que a empresa chegou ao país, em 2014.

"O mercado que a gente cria é de pessoas que deixam o carro em casa e começam a usar o Uber porque é mais cômodo, mas confortável e mais barato. No nosso site o usuário pode calcular, com base no que ele gasta com o carro e quantos quilômetros ele roda, se é mais vantajoso ou não ele usar o serviço”, completou o diretor.