domingo, 23 de outubro de 2011

Veículo por habitante vai crescer 62% no Brasil, estima setor

23/10/2011 - Folha de Sāo Paulo
 
VENCESLAU BORLINA FILHO
DE SÃO PAULO

A indústria automotiva brasileira pretende aumentar em 62,3% a taxa de motorização até 2020. A intenção é passar dos atuais 154 para 250 veículos por 1.000 habitantes, de acordo com estimativa da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Para isso, o setor planeja investimentos de US$ 21 bilhões até 2015 em ampliações e em novas fábricas. A produção anual, que neste ano foi projetada em 3,74 milhões de unidades, deve saltar para 6,3 milhões em dez anos.

Considerando o mesmo percentual e a renovação da frota, as montadoras poderão produzir ao menos 37 milhões de novos veículos no período. Ao final do período, o país poderá registrar uma frota de 69 milhões de veículos.

O aumento da produção considera o crescimento da economia previsto para 2011, estimado em 4% pelo setor, e outros fatores como a oferta de crédito e o aumento de renda da população.

Segundo a Anfavea, 60% das vendas de veículos são feitas por meio de operações de crédito.

Além disso, o crescimento está relacionado aos pacotes lançados pelo governo para incentivar a produção e evitar a demissão de trabalhadores. A última medida aumentou o IPI para carros importados a partir da segunda quinzena de dezembro.

Caio Guatelli - 02.jun.2010/Folhapress

Motoristas encontram trânsito intenso na Avenida 23 de Maio, na zona sul de São Paulo; taxa deve aumentar 62%
De acordo com dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a taxa de motorização no Brasil cresceu 30% entre 1998 e 2008 baseada na popularização e no aumento do crédito.

No México, o crescimento verificado foi de 75% no mesmo período. Já a vizinha Argentina tem taxa de motorização maior que a do Brasil.

Para o presidente mundial da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, não há dúvidas de que o Brasil tem potencial para superar a taxa de motorização de países da Europa, como Portugal, atualmente com 495 veículos por 1.000 habitantes.

"O Brasil tem condições de atingir a relação de 500 veículos por 1.000 habitantes. O brasileiro gosta de carro, e o país ainda tem muito a crescer no setor", disse.

Para especialistas consultados pela Folha, a meta é ambiciosa.

"Parece mais um desejo do que algo que seja possível", diz Arthur Barrionuevo, professor e economista da FGV (Fundação Getulio Vargas).

"Não creio que, nem mesmo num prazo razoável de dois ou três anos, o nível de crédito possa se expandir a ponto de viabilizar um aumento substancial da demanda de veículos no Brasil", diz Júlio Manuel Pires, professor de economia da USP.

Com mais veículos nas ruas, a lógica é que o tráfego se torne cada vez mais complicado, principalmente nas grandes cidades. Porém, para a Anfavea, a culpa não pode ser atribuída somente à indústria automotiva.

Segundo a associação, a questão deve ser analisada e associada a outros fatores, como a qualidade do transporte coletivo, sua eficiência, o adensamento populacional e a condição da infraestrutura viária (ruas e avenidas).

CARGA PESADA

No começo do mês, Ghosn esteve no Brasil para anunciar R$ 3,1 bilhões na construção da primeira fábrica da Nissan no país e a ampliação da unidade da Renault em São José dos Pinhais (PR).

Em entrevista à Folha, o executivo criticou o preço do aço brasileiro, a falta de infraestrutura e a alta carga tributária. "A tributação é muito grande no Brasil. De 40% a 48% do que se paga num carro é tributo", disse.

"A gente compra aço coreano feito com minério brasileiro porque custa bem menos do que o aço brasileiro. Esse é um problema que temos de resolver porque nosso interesse é baixar o preço do carro no Brasil."

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

RJ mira voos altos no setor automotivo

13/10/2011 - Webtranspo

Estado quer ser segundo maior produtor no BR

Man e PSA Peugeot e Citroën dobrarão capacidade.O Rio de Janeiro pretende se tornar o segundo maior fabricante de veículos no Brasil. A expectativa é que a produção fluminense chegue a um milhão de unidades anuais, o volume ultrapassará o de Minas Gerais, que atualmente é de 800 mil e só perde para São Paulo, entres os principais polos automotivos no País.

Os números – que credenciarão o Estado como segundo principal produtor brasileiro de veículos – são devidos aos investimentos previstos pela Nissan no sul do Estado. A nova planta da montadora deverá receber investimentos de R$ 2,6 bilhões.

O aporte, que a marca fará no Rio de Janeiro, tem como meta dobrar a participação da empresa no mercado brasileiro, atualmente, de 6,5%. Julio Bueno, secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, avalia que o Estado foi o escolhido pelas políticas públicas para atrair investimentos no setor.

“A vinda da Nissan orgulha o Rio de Janeiro, coroa o trabalho que estamos realizando para atração de empresas, consolidando o estado como um polo do setor automotivo e gerando milhares de empregos diretos”, afirma Bueno.

Ainda de acordo com o secretário, com a maior capacidade que está sendo desenvolvida pela PSA Peugeot Citroën e a MAN (Volkswagen Caminhões e Ônibus), que dobrarão sua produção nos próximos anos, a região de Itatiaia, no Médio Paraíba, está atraindo cadeia de fornecedores. Um exemplo disso é que a Michelin investirá R$ 1,1 bilhão para a construção de sua quinta fábrica no Rio de Janeiro nesta localidade, além da fabricante de pneus, empresas como Maxion e Suspensys estão se instalado no Estado.

“Nos próximos anos, nossa produção de veículos pode chegar a um milhão, se levarmos em conta a duplicação da PSA Peugeot Citroën e da MAN (Caminhões e Ônibus da Volkswagen). Essa escala permitirá atrair a cadeia de fornecedores e tornará o Rio ainda mais competitivo em novas disputas por montadoras. Neste momento, já estamos negociando com três fornecedores da MAN a instalação de fábricas no Sul Fluminense. Certamente, outros virão”, explica Bueno.

Somado aos investimentos no setor automotivo, o Centro-sul fluminense ainda receberá a planta de bicicletas e motocicletas elétrica da Kasinski. O governo estadual pretende até usar em sua frota estes veículos para incentivar a utilização dos mesmos. Com os investimentos no setor a arrecadação do setor deve subir, somente o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços), em 2010, o Estado somou R$ 22,1 bilhões, uma alta de 50% em comparação com o valor registrado em 2006.

sábado, 8 de outubro de 2011

JAC Motors anuncia fábrica na Bahia

O empresário Sergio Habib, presidente da chinesa JAC Motors no Brasil, anuncia nesta sexta-feira (7) planos para construir uma fábrica na Bahia. Segundo ele, o empreendimento custa R$ 900 milhões, terá 80% de capital brasileiro e capacidade para produzir 100 mil carros por ano.

Habib declarou, em entrevista ao UOL e à Folha, que o aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre carros importados pode dificultar o negócio. Mas disse que o governo aceita flexibilizar a medida.

“Se o governo não fizer mudança [no imposto sobre carros importados], nós não podemos fazer a fábrica. Mas eu te digo. Eu estive lá. Eu estive em Brasília. O governo está disposto a estudar mudanças para permitir a implementação de novos investimentos”, afirmou.

O empresário falou sobre o assunto no programa “Poder e Política - Entrevista”, conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues. O projeto é uma parceria do UOL e da Folha.

Na entrevista, Habib afirmou que gosta “muito” do ex-presidente Lula e que, em 2010, votou em Dilma Rousseff (PT) para presidente da República e em Geraldo Alckmin (PSDB) para governador de São Paulo. Recém filiado ao PMDB, o empresário disse que em 2012 fará campanha para eleger Gabriel Chalita (PMDB) prefeito da capital paulista.


Fonte: Folha de S. Paulo , Por FÁBIO BRANDT

Foto:Flávio Florido/UOL
Posted by RedacaoT1 on 7 de outubro de 2011.

Tags: Bahia, Fábrica, IPI, JAC Motors

Categories: (Home), (Rodoviário), Cargas, Economia e Mercado, Estados, [Destaque 6]

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Web

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Motociclistas são das classes C e D

04/10/2011 - Webtranspo

Maior mercado se encontra no Nordeste do BR

Aproximadamente 40% dos motociclistam compram motos para fugir do transporte público.Cada vez mais pessoas andam de moto no Brasil, mas qual será o perfil do motociclista nacional? De acordo com Roberto Akiyama, presidente da Abraciclo (Associação Brasileira de Motociclistas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), a maioria dos compradores deste tipo de veículo pertence às classes C e D, quase 75% são homens, e está na região Nordeste, onde as vendas se concentram.

A entidade também revelou quais as razões que levam as pessoas optarem pela compra de motocicletas. O principal motivo é a substituição do transporte público pelo privado, aproximadamente 40%, o que contraria grande parte da corrente de pensamento, que acredita que a utilização de motos é para a prestação de serviços, contudo apenas 16% dos proprietários atuam com moto-frete ou moto-táxi e outras operações do gênero.

A associação também revelou que apesar das vendas terem aumentado no Nordeste, a região que concentra o maior número de concessionárias ainda é a Sudeste. Além de detalhar o perfil dos motociclistas, que atualmente contam com uma frota de quase 17 milhões de motos, o executivo criticou a cultura do brasileiro em relação a este tipo de veículo.

Segundo ele, as vias não são preparadas, sendo que essas não possuem lugares adequados para os condutores passarem com suas motos, nem piso  com, por exemplo, pavimentação antiderrapante. Akiyama ainda destaca que durante o Moto Check-UP – evento organizado pela entidade, que oferece revisão gratuita – foi constatado que os motociclistas executam a frenagem do veículo de forma errada, o que evidencia também a falta de uma boa formação .

A Organização afirmou que está tentando mudar este quadro oferecendo, em parceria com Sest Senat, cursos que complementam a formação dos motociclistas. Akiyama, porém, destacou a importância da formação de trânsito de todos, não somente dos usuários de motos, desde a infância, para que haja mais respeito com a figura do outro em vias públicas.

Balanço Mensal

Durante uma coletiva da Abraciclo, no Salão Duas Rodas, não poderiam faltar os números da indústria. Os fabricantes de motocicletas ainda estão se recuperando da forte crise que afetou o setor em 2008, quando as vendas internas e externas passaram de 2.011.415, naquele ano, para 1.639.713 no seguinte.

Nesta tendência de retomada, o setor registrou o melhor trimestre do ano, de julho a setembro, com a comercialização de 542.852 motocicletas ante as 503.646 unidades e 529.762, no primeiro e segundo semestre, respectivamente. Apesar da alta, o nono mês do ano registrou menor volume comercializado, do que seu antecessor, foram 178.0147 ante 203.605, queda de 12,6%.

“Os números demonstram os impactos das medidas de contenção de crédito adotadas pelo Banco Central”, afirmou Akiyama. Neste caso é importante ressaltar que, aproximadamente, 80% das motocicletas são adquiridas por meio de financiamento.



 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Nissan confirma nova fábrica no País

03/10/2011 - Webtranspo

Unidade vai ser instalada em Resende (RJ)

Grupo quer ampliar nacionalização dos modelosCom a meta de dobrar a sua participação atual de 6,5% no mercado nacional o Grupo Renault- Nissan confirmou – em reunião com a presidente Dilma Rousseff – a construção de uma nova fábrica da marca japonesa na cidade de Resende (RJ) e a ampliação da unidade da companhia francesa no Paraná.

De acordo com Carlos Ghosn, presidente mundial da empresa, as duas marcas pretendem aumentar o índice de nacionalização dos veículos vendidos no País. O executivo disse que, atualmente, a maioria dos carros da Nissan vendidos no Brasil são importados, principalmente do México.

Enquanto o Brasil deve se tornar, até o final do ano, o segundo maior mercado da Renault, perdendo apenas para a França, para a Nissan ainda figura como um mercado potencial.

“O que queremos fazer é manter um mercado estratégico para a Renault, mas também permitir à Nissan contribuir mais com o desenvolvimento do mercado brasileiro". disse Ghosn.

O objetivo de elevar a fatia no mercado nacional é ficar acompanhar o crescimento de vendas do grupo a nível mundial. Segundo Gosn, até 2016, a participação da empresa no mercado global será 8% com a Renault e 5% com a Nissan. Ele explicou, no entanto, que a “estratégia não considera o número atual de 3,6 milhões de carros vendidos por ano no país, mas cerca de 4,5 milhões ao ano daqui a cinco anos”.

O País tem atualmente 250 carros para cada grupo de mil habitantes, muito menos do que o índice de 580 por mil da Europa e de mais de 800 por mil dos Estados Unidos, segundo o presidente. Para ele, isso indica um grande potencial para as vendas de automóveis.
Com informações da Agência Brasil