sexta-feira, 29 de abril de 2016

Rio terá pelo menos 100 carros elétricos para aluguel; licitação sai amanhã


29/04/2016  - O Globo

A Prefeitura do Rio publicou hoje, no Diário Oficial, o aviso de licitação do sistema de aluguel de carros elétricos. Amanhã, sai o edital. 

Funcionará assim: a empresa que ganhar a licitação terá de colocar à disposição no mínimo 100 carros para serem alugados, que poderão ser carregados em 50 estações, no Centro e na Zona Sul, em locais como a Praça Mauá, o campus da UFRJ na Praia Vermelha e a Av. Bartolomeu Mitre, em Ipanema.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Taxistas de Campinas dizem que perderam 80% dos clientes em 3 meses por causa do UBER


25/04/2016  - Paulínia News

Após quase três meses de operação em Campinas, o Uber tem provocado polêmicas na cidade. Registro de brigas entre taxistas e motoristas parceiros do aplicativo e manifestações contra o serviço de transporte têm sido frequentes na cidade.

Assim como em outros lugares do país, o motivo da resistência ao Uber é a redução no número de usuários de táxi. Segundo o presidente do Sindicato dos Taxistas de Campinas, Jorge Pansani, houve uma queda expressiva na quantidade de corridas.

“O impacto [da chegada do Uber] está sendo desastroso. À noite o movimento caiu 80%, pois há mais 400 ubers atuando no período”, diz.

Para o sindicalista, o serviço só trouxe problemas para a cidade. “É um perigo para a população. Quem é esse motorista? Ele tem um atestado de antecedentes? Não. Eles não têm taxímetro, não fazem vistoria e nem passam pelo Ipem (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) ”, diz.

A assessoria rebate as declarações de Pansani. “Antes de aprovar um motorista como parceiro da Uber, é feita uma checagem de antecedentes nas esferas federal e estadual para verificar a idoneidade do candidato. Ele precisa ser um motorista profissional, ou seja, deve possuir carteira de motorista com licença para exercer atividade remunerada. Todos os documentos dos carros também são checados. É necessário apresentar a Certidão de Registro e Licenciamento do Veículo, Bilhete de DPVAT do ano corrente e apólice de seguro com cobertura APP (Acidentes Pessoais a Passageiros) a partir de R$50 mil por passageiro".

Em fevereiro deste ano, a Câmara Municipal formou uma comissão especial para discutir a situação do serviço na cidade e, de acordo com o presidente do colegiado e vereador, Tico Costa, os trabalhos estão adiantados.

“A discussão na comissão se encerrou. O relatório, que vai sugerir a regulamentação do Uber na cidade, está sendo elaborado e será enviado ao executivo. Acredito que em pouco mais de uma semana o relatório seja apresentado”, afirma.

De acordo com o vereador, a solução encontrada pela comissão é algo semelhante ao que vem sendo proposto em São Paulo, onde a Prefeitura propôs que o Uber compre quilometragens da administração municipal para poder atuar.

“A gente pegou algumas coisas de lá (São Paulo) e tem outras coisas que utilizamos de projetos que estão em tramitação no Senado”, diz.

O sindicato dos taxistas é contrário à regulamentação. “Somos contra porque, em primeiro lugar, o Uber não aceita regulamentação nenhuma. Em São Paulo, eles colocaram cinco mil licenças à disposição deles e a empresa não pegou. Eles não aceitam regulamentação de poder público nenhum.  A solução é que eles participem de uma licitação pública para ter um táxi”, diz Pansani.

Consultado sobre a declarações do sindicalista, a assessoria de imprensa do Uber diz que a empresa sempre se mostrou disposta a regularizar o serviço no país.

“Desde que chegou ao Brasil, a Uber mantém diálogo aberto e constante com o Poder Público das cidades nas quais opera, para que elas criem uma regulação moderna e positiva para serviços como os oferecidos pela empresa. As cinco mil vagas criadas pela Prefeitura de São Paulo foram exclusivamente destinadas para o que é chamado de "Táxi Preto" (serviço de transporte individual público), o que não deve ser confundido com o serviço de transporte individual privado de passageiros”, diz a assessoria.

Fiscalização

Como o serviço é considerado clandestino, a Empresa de Desenvolvimento Muncipal de Campinas (Emdec), responsável pelo trânsito na cidade, tem feito apreensões de carros a serviço do Uber. De acordo com a entidade, desde janeiro foram feitas 23 apreensões e 40 denúncias foam recebidas sobre o serviço. Além de ter o carro apreendido, o motorista que é flagrado a serviço do Uber tem que pagar uma multa de R$ 3,1 mil.

No entanto, Pansani diz que o problema é que o orgão não faz fiscalização durante a noite, período no qual há um maior uso do aplicativo.

“Nós conseguimos uma liminar e entregamos para a Emdec para que faça fiscalização. Transporte privado não é pra fazer serviço remunerado. A categoria está revoltada com o poder público, porque à noite não tem fiscalização”.

Em nota, a Emdec diz que planeja e coordena o trabalho dos agentes da mobilidade urbana de forma que seja realizada uma fiscalização com a máxima eficácia. No entanto, não comentou nada sobre as fiscalizações noturnas no comunicado.

Agressões

Quanto aos incidentes envolvendo brigas entre taxista e Uber, Pansani nega que haja um comportamento agressivo dos taxistas.

“Os taxistas não estão praticando agressão. Quem tá praticando a agressão são os motoristas do Uber. Ninguém tem sangue de barata. Eles nos provocam, fazendo gestos obscenos e rindo da nossa cara no trânsito”, reclama.

A assessoria do Uber nega tal comportamento por parte dos seus parceiros e diz que orienta para que eles não entrem em conflitos.

"A Uber considera totalmente inaceitável o uso de violência. Todo cidadão tem o direito de escolher como quer se mover pela cidade, assim como o direito de trabalhar honestamente. Em todas as nossas comunicações com motoristas parceiros, reiteramos repetidas vezes para que não se envolvam em brigas e discussões e que contatem imediatamente as autoridades policiais, sempre que se sentirem ameaçados”.

Mudança de estratégia

Após alguns protestos contra o aplicativo, o presidente do sindicato diz que tem desestimulado a categoria a fazer manifestações. Um ato marcado para o dia 13 de abril no Centro de Campinas foi esvaziado, pois, de acordo com Pansani, ele orientou os motoristas a não participarem do evento.

“O sindicato não participou dessa manifestação. Eu conversei com o pessoal para não participarem dessa manifestação, porque essa manifestação ia colocar a população contra os taxistas. Em respeito à população de Campinas, pois não está adiantando fazer manifestação. O poder público tem a lei que foi aprovada pelos vereadores, sancionada pelo prefeito. Eles têm que fazer com que seja cumprida”.

Ganhos

Parceiro do Uber há dois meses, Jorge Telles se diz muito satisfeito com o novo trabalho. “Eu estou amando, estou achando sensacional, maravilhoso. Uma oportunidade de ganhar dinheiro".

Ex-vendedor, Telles estava há oito meses desempregado. Segundo ele, tem conseguido uma renda similiar a do seu antigo trabalho. “De 100% que você ganha, 25% é do Uber e 75% do motorista parceiro. Trabalhando de segunda a sábado, dez horas por dia, eu consigo tirar uns R$ 6 mil, sendo que R$ 1,5 mil eu gasto com gasolina, manutenção do veículo e pedágio, mas ainda consigo levar para casa uns R$ 4,5 mil”.

Já o auxiliar de táxi Francilei Rodrigues tem uma realidade diferente. Com a chegada do Uber, ele viu seu rendimento cair drasticamente. “Eu tinha uma média de fazer de 12 a 16 [corridas] por dia. Com a crise, caiu para nove e dez corridas. Com Uber eu faço seis corridas o dia todo. Caiu uns 60%. Tenho tirado uns R$ 1,2 mil por mês”, conta.

Para Rodrigues, a regulamentação o serviço é a única saída. “O que deve ter é uma fiscalização e um preço compatível para os dois trabalharem juntos. Ficou uma concorrência muito desigual”, reclama.

Usuário

O estudante de engenharia da Unicamp Bruno Queiroz, de 19 anos, é um dos usuários do Uber na cidade. Morador do distrito de Barão Geraldo, o jovem tem feito economia ao utilizar o serviço.

“Desde que chegou [o Uber] em Campinas, costumo usar sempre, porque é bem mais barato que o táxi”. Ainda segundo o estudante, o serviço tem facilitado a realização de tarefas que necessitam de deslocamentos pela cidade.

"Eu e meus amigos de faculdade pegamos [o Uber] muito para sair, principalmente quando sabemos que vamos consumir bebida alcoólica. Também usamos para ir no supermercado e para voltar da rodoviária”, explica.

Susto

Satisfeito com o serviço prestado pelo aplicativo, Bruno diz que a única vez em que teve problemas com o Uber foi quando taxistas assediaram ele e amigos por usar o transporte no bairro do Cambuí.

"A gente tinha saído de um bar. Como tínhamos ido de Uber, resolvemos voltar tarmbém. Como o lugar já tinha fechado as portas, a gente estava esperando na calçada. Nisso, quatro taxistas perceberam que a gente estava utilizando o aplicativo. Um deles se aproximou e perguntou pra gente se [nós] estávamos esperando o Uber. Por receio, eu disse que não. Na hora, já liguei alertando o rapaz do Uber. Então, ele pediu para que nós mudássemos de quarteirão, mas os taxistas seguiram a gente. Após entrarmos no Uber, um deles bloqueou nosso carro. O motorista desviou, mas os outros taxistas vieram atrás, cercando pelo lado e pela frente, avançando e acelerando de forma bruta. Foi igual perseguição de filme".

O ataque dos taxistas ao carro do Uber só terminou quando houve a intervenção da polícia, conta o estudante. Assustado com o episódio, Bruno diz que a atitude dos taxistas foi imprudente."Eles poderiam ter causado um acidente, pois colocaram a vida deles, dos meus amigos, do motorista do Uber e a minha em risco".

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Fleety lança serviço de carros elétricos conectados em Curitiba

15/04/2016 - Brasil Fashion News

O Fleety, primeira plataforma de compartilhamento de carros entre pessoas da América Latina, lançou o serviço Fleety Garage. O anúncio foi feito na última semana em Curitiba. O projeto amplia a discussão sobre mobilidade urbana e possibilita que pessoas aluguem veículos elétricos conectados por R$15,00 a hora e R$120,00 a diária.

Os veículos ficam em estacionamentos conveniados localizados em pontos estratégicos da cidade. Os carros disponibilizados pela plataforma são o E6 BYD e têm até 400Km de autonomia por recarga. A gestão dos pedidos de reserva no site também é feita inteiramente pela equipe do Fleety, assim como o procedimento de entrega e recebimento do veículo.

Em parceria com a fluminense Dirija Já, o Fleety abre as portas para o mercado B2C pela primeira vez. “Ao nos aprofundarmos no assunto de mobilidade, percebemos que existem muito mais alternativas para o transporte do que imaginávamos. O trabalho com os carros elétricos vem neste sentido, de ampliar o debate sobre o tema”, aponta André Marim, CEO do Fleety.

Para o desenvolvimento do projeto a Dirija já se uniu à chinesa BYD, maior montadora de veículos elétricos do mundo. “Estes parceiros foram fundamentais no processo de implantação do Fleety Garage. Assim como o IBQP em Curitiba, que nos apoia em todas as nossas tomadas de decisão e reforça seu posicionamento em defesa da inovação”, declara Marim.

O pagamento, assim como na modalidade B2B, é realizado por cartão de crédito e evita, dessa forma, a inadimplência. A empresa cobra uma taxa de até 16% sobre o valor das transações, que incluem assistência 24 horas e seguro sobre roubo, morte, invalidez e colisões.

O Fleety desenvolveu uma série de mecanismos para garantir a segurança e confiabilidade no aluguel de veículos. Para alugar um automóvel no Fleety, é preciso preencher no seu cadastro o número da CNH. Antes de liberar o cadastro, o Fleety verifica as informações com o Detran, para ter certeza de que a permissão para dirigir está válida e que a pessoa está apta a participar da rede.

Após a utilização dos serviços do Fleety, o motorista é convidado a avaliar o sua experiência com o veículo e as informações geram um ranking no próprio site. Dessa forma, é possível que outros motoristas consigam ter mais informações para próximas transações. Para saber mais sobre a plataforma, acesse: www.fleety.com.br.

Sobre o Fleety – O Fleety é a primeira empresa de compartilhamentos de veículos entre pessoas da América Latina. O projeto está em curso desde setembro de 2014 em Curitiba. Em fevereiro de 2015, os serviços chegaram a São Paulo e a startup foi uma das quatro empresas escolhidas para o segundo ciclo de aceleração da Abril Plug and Play, aceleradora de startups criada pelo Grupo Abril em parceria com a norte-americana Plug and Play Tech Center. Os serviços do Fleety chegaram a Santa Catarina em novembro de 2015 e em abril de 2016 no Rio de Janeiro. 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Aplicativo permite compartilhar corridas de táxi

08/04/2016 - Easy Táxi / Mobilize

Easy táxi lança no Brasil sistema para que usuários possam usar o mesmo táxi e dividir os custos da corrida

 Autor: Marcos de Sousa 


Aplicativo permite compartilhamento de corridas de
Aplicativo permite compartilhamento de corridas de
EasyShare: até quatro passageiros podem compartilhar táxi
créditos: EasyTaxi

A Easy Taxi anunciou ontem (7) o início de operação da ferramenta "EasyShare" para que vários passageiros possam compartilhar a mesma corrida de táxi. Segundo a empresa, o serviço permite que os usuários economize até 60% em seus gastos com táxi. O sistema funciona da seguinte forma: o usuário acessa seu aplicativo e na hora de pedir um táxi deve selecionar um ícone que automaticamente habilitará aquela corrida para ser compartilhada com outros usuários próximos e que tenham o mesmo destino.      

Quando acionada, a "EasyShare" permite que até quatro usuários possam compartilhar a mesma viagem. Para que o compartilhamento aconteça, os usuários precisam obrigatoriamente colocar o endereço de destino quando solicitarem seus táxis. O valor final da corrida é dividido entre os usuários que estiverem compartilhando o táxi, sendo assim, cada um poderá pagar a sua parte da corrida. Nesta fase inicial, o compartilhamento de corridas só é válido para corridas realizadas por pagamento "Empresas" ou "Cartão de Crédito no App".


Olimpíada

Segundo a operadora, a ferramenta ajudará bastante em eventos com grande número de público, como shows, jogos em estádio e eventos de grande porte, como a Olimpíada e Paralimpíada de 2016. “O mais relevante é o impacto de redução de carros na rua, o que contribui também com menos emissão de CO2. E muitas vezes uma corrida compartilhada custará quase o mesmo valor de uma viagem com outros meios de transporte, por exemplo, metrô ou ônibus” diz Fernando Matias, da Brasil Easy Taxi.

A empresa explica que o serviço de compartilhamento de corridas ainda está em sua fase inicial, e terá ainda mais novidades e melhorias nos próximos dois meses. Easy Share já começou a funcionar para usuários com sistema android e a partir desta semana estará disponível para usuários sistema iOS.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Produção de motos cai 37% no trimestre e Abraciclo agora estima um 2016 negativo


08/04/2016  - Valor Econômico

Eduardo Laguna / São Paulo

Representante da indústria de motocicletas, a Abraciclo, após um primeiro trimestre frustrante, revisou ontem suas estimativas ao desempenho do setor no ano. Agora, prevê vendas de pouco mais de 1 milhão de unidades, o que, além de ser o menor volume desde 2005, significa perder metade do volume entregue por essa indústria cinco anos atrás.

Do pico de 2 milhões de motos de 2011, as vendas no atacado - ou seja das montadoras para as concessionárias - caíram de forma ininterrupta nos quatro anos seguintes por conta, principalmente, da restrição de crédito, agravada agora pela recessão e falta de confiança dos consumidores.

Após iniciar o ano com a expectativa de crescimento de 2,5% nos dois indicadores, a associação das montadoras de motos passou a prever queda de 9,7% da produção, ao passo que para as vendas no atacado a projeção passou a ser de recuo de 10,1%. "Assim como outros setores da economia, que registram resultados negativos no período, o segmento de motocicletas também se enquadra no contexto atual da crise político-econômica", disse Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. A exemplo de outros empresários, ele cobrou uma resolução do caos que tomou conta da política brasileira.

A entidade refez suas contas após os primeiros resultados do ano mostrarem números negativos de difícil reversão. Só no mês passado, a produção de motos no país caiu 36,8% frente ao mesmo período de 2015. No total, 80,4 mil motocicletas foram montadas em março, o que fez o setor terminar o primeiro trimestre com 227,4 mil unidades fabricadas, 36,9% abaixo do volume de um ano antes.

As vendas para as concessionárias recuaram 36,2% em março, na comparação anual, totalizando 83,5 mil unidades. Em relação a fevereiro, houve alta de 14,3%, num crescimento influenciado, porém, pelo calendário com mais dias úteis de março. Assim, de janeiro a março, as vendas encolheram 37,4%, para 215,4 mil unidades.

O desempenho das exportações, por outro lado, segue em alta, mais do que dobrando - com crescimento de 116,5% - o resultado do primeiro trimestre do ano passado. No total, 13,7 mil motos foram embarcadas de janeiro a março. Fermanian ponderou, porém, que o crescimento das exportações se dá sobre uma base de comparação fraca, já que os resultados do início de 2015 foram significativamente afetados por restrições à liberação de dólares para importadores na Argentina, principal mercado no exterior.