sexta-feira, 25 de março de 2016

Uber deve começar a atuar em Salvador ainda em 2016

24/03/2016 - Agência Brasil

A empresa de transporte particular por aplicativo, a Uber, começou a avaliar motoristas em Salvador para fazer cadastros ainda este ano. Atualmente, a Uber faz transportes de passageiros em 261 cidades de todo o mundo. O prefeito da cidade, ACM Neto, no entanto, já sinalizou posicionamento contrário à circulação desse transporte alternativo na capital baiana.

Segundo a Uber, o cadastro dos motoristas que podem circular na capital baiana só vai ocorrer depois de uma avaliação. “[A avaliação] é feita em vários níveis. Inclui buscar talentos e compartilhar informações com os cidadãos que queiram ter uma nova oportunidade de renda com autonomia, flexibilidade e dignidade dirigindo na plataforma da Uber”.

Na última semana, o prefeito de Salvador, ACM Neto, divulgou novas regras para o funcionamento de táxis na cidade. Durante o evento, criticou o modelo de transporte praticado pela Uber. “Quero reafirmar o meu compromisso de trabalhar para combater a clandestinidade. Nós não podemos admitir que um pai ou uma mãe de família, que paga suas taxas e segue o regulamento, [passem por uma] uma competição desleal e injusta com quem está na clandestinidade, com quem não se submete às regras e não passa pelo crivo do poder público”, disse ele.

ACM anunciou a extensão do período para cobrança da bandeira 2 aos taxistas e defendeu a categoria: “Irei com unhas e dentes defender e proteger os taxistas, sempre que o interesse de vocês estiver em jogo”.

No Brasil, a Uber faz transporte alternativo individual de passageiros em 9 cidades: Brasília, Belo Horizonte, Campinas, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e em São Paulo, onde, em janeiro deste ano, houve confrontos entre motoristas da empresa e taxistas.

Repercussão

Compartilhado em sua página no Facebook, o discurso do prefeito dividiu opiniões. “O serviço de táxi em Salvador é muito precário. Muitos deles são despreparados e mal-educados. O Uber é um serviço que deveria ser regularizado”, defendeu o internauta Fábio Lucas. “Deveria se preocupar em regulamentar o Uber. Impossível pegar um táxi em Salvador em dia de evento”, disse o usuário do Facebook Felipe Mendonça.

Outros internautas saíram em defesa dos taxis: “Uber é concorrência desleal, haja visto que eles não têm os custos do taxista municipal. Creio que essa nova regulamentação deve contemplar isso”, disse Marco Antônio Paes. “Gente, essa prática de comércio do Uber não respeita os taxistas que são profissionais e pagam impostos e os pontos de táxis”, escreveu Natanael Yamamoto.

Em nota, a empresa Uber disse ser “completamente legal, já que os motoristas parceiros prestam o serviço de transporte individual privado, que tem respaldo na Constituição Federal e é previsto em lei federal (Política Nacional de Mobilidade Urbana – PNMU)”.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) divulgou estudo, no fim de 2015, feito em cidades brasileira onde já existe o sistema e onde não existe: “A entrada do aplicativo Uber no mercado brasileiro não influenciou de forma significativa o mercado de táxis nacional”. De acordo com o levantamento, “a empresa atende uma demanda reprimida, que não fazia uso dos serviços dos taxistas”.

A Uber é uma empresa norte-americana que credencia morotistas, depois de uma avaliação, para trabalharem com transporte particular, solicitado pelos clientes, por meio de aplicativo.

terça-feira, 1 de março de 2016

Carro autônomo do Google bate em outro veículo pela 1ª vez

01/03/2016  - O Estado de SP

Um carro autônomo do Google colidiu sem gravidade contra um ônibus municipal na cidade de Mountain View, no Estado norte-americano da Califórnia, nesta segunda-feira, 29. Apesar de já ter se envolvido em outros acidentes anteriormente, esta é a primeira vez que o carro sem motorista da empresa atinge outro veículo em via pública – nos incidentes anteriores, o veículo do Google foi atingido por motoristas humanos. O Google ainda assumiu que tem “responsabilidade” com o acidente, que aconteceu com um Lexus RX450h.

Em um relatório divulgado em 23 de fevereiro, apresentado à agência de regulação de trânsito da Califórnia, o Google disse que o acidente, que ocorreu em 14 de fevereiro, aconteceu quando um veículo autônomo tentou contornar alguns sacos de areia em uma pista larga. O veículo e o motorista de testes “acreditaram que o ônibus reduziria a velocidade ou permitiria que o (veículo do) Google continuasse”.

Três segundos depois, o carro do Google entrou novamente no centro da faixa e atingiu a lateral do ônibus, causando danos ao para-lama frontal esquerdo, a roda da frente e em um sensor de direção lateral. Ninguém se feriu. De acordo com o relatório, o carro do Google se movia a cerca de 5 km/h, enquanto o ônibus estava a pelo menos 25 km/h.

O Google disse por meio de um comunicado que “claramente tem alguma responsabilidade, porque se o nosso carro não tivesse se movido, não teria acontecido uma colisão.” A empresa disse ainda que incidentes como esse – e variações – acontecem muitas vezes em seu simulador.

“A partir de agora, nossos carros vão entender melhor que ônibus e outros veículos de grande porte têm menor probabilidade de lhes dar passagem”, explicou o Google. “A expectativa é de que possamos lidar com incidentes como esse de forma mais proveitosa no futuro”. Segundo a polícia de Mountain View, nenhum boletim de ocorrência foi feito sobre o acidente.

Em novembro, o Google informou que ,em seis anos de testes com os carros autônomos, aconteceram 17 acidentes leves ao longo dos mais de 3,4 milhões de km percorridos pelos veículos. O mais grave deles aconteceu em julho do ano passado, quando um carro bateu na traseira do veículo do Google a 27 km/h, deixando três pessoas com dores na cabeça e no pescoço. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS