segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Anfavea: expansão da indústria automobilística depende da superação de gargalos

11/10/2010 - Agência Brasil

A indústria automobilística precisa vencer uma série de deficiências na cadeia produtiva para continuar se expandindo, disse o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Bellini. “Não podemos continuar a crescer com todos esses estrangulamentos”, ressaltou, ao participar do 19º Congresso e Exposição Internacionais de Tecnologia da Mobilidade SAE Brasil.

Os gargalos a que Bellini se refere começam na matéria-prima. Segundo ele, o aço no Brasil é aproximadamente 40% mais caro do que nos países asiáticos. Além disso, de acordo com o presidente da Anfavea, a cadeia produtiva brasileira tem diversas “ineficiências” que encarecem o produto final. “Temo espaço para aumentar a produtividade em vários pontos da cadeia produtiva”.

Como exemplo de desperdício, Bellini citou o fato de que geralmente os caminhões responsáveis pelos fretes retornam vazios à sua origem, quando poderiam aproveitar a volta para transportar novas mercadorias. “Por sorte, temos um mercado interno forte que absorve parte dessas ineficiências”, destacou.

Outro ponto destacado no congresso como dificuldade para a indústria de automóveis é a falta de mão de obra qualificada, principalmente de engenheiros. Segundo o presidente da Man América Latina (Volkswagen Caminhões e Ônibus), Antonio Roberto Cortes, as empresas precisam “fomentar o relacionamento com o mundo acadêmico”, apoiando cursos de engenharia e apontando os currículos necessários ao mercado.

Para Bellini, a falta de engenheiros é um problema que deve ser solucionado naturalmente com o tempo. “A tendência é se normalizar com o tempo. As empresas vão pagar mais para os engenheiros e, com isso, há uma atração [de novos talentos]”. Ele ressaltou, no entanto, a importância da elaboração de políticas públicas para expandir a formação de novos profissionais.



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