sexta-feira, 6 de agosto de 2010

EDP alarga rede de abastecimento de carros eléctricos no Brasil

Energia

04.08.2010 - 15:44 Por Lusa - Público P 20

A EDP inaugurou mais três pontos da rede de abastecimento de veículos eléctricos no Estado de São Paulo, anunciou hoje o grupo português.
Pioneira no Brasil em projectos de mobilidade eléctrica, a EDP já soma 16 estações de abastecimentos, nos estados de São Paulo e do Espírito Santo, tendo como meta atingir 20 pontos até ao fim do ano, salientou a empresa num comunicado.

Os três novos postos de abastecimento eléctrico foram abertos em São José dos Campos, cidade a 100 quilómetros de São Paulo, na área de actuação da Bandeirante, empresa distribuidora controlada pela EDP.

O grupo português já mantém postos de abastecimento em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, e em Vitória, capital do Estado do Espírito Santo, zona de actuação da Escelsa, distribuidora também controlada pela EDP.

Na abertura dos postos em São José dos Campos, o grupo português doou às autoridades locais 15 bicicletas eléctricas que serão utilizadas pela polícia e pela Secretaria do Meio Ambiente.

No total, já foram doadas 75 bicicletas eléctricas, desde o início da implantação da rede de abastecimento do projecto de mobilidade, número que deverá ascender a 90 até ao final do ano.

“Temos planos para estruturar uma rede de abastecimento que esteja plenamente operacional quando houver uma frota significativa de veículos eléctricos circulando”, afirmou o presidente da EDP no Brasil, António Pita de Abreu.

“Estamos certos de que esta será uma realidade a médio prazo no Brasil e estaremos preparados para oferecer infraestrutura adequada”, salientou o executivo citado no comunicado.

Os postos de abastecimento têm a marca MOBI.E, parceira da EDP em Portugal para projetos de desenvolvimento urbano e de transportes.

O reabastecimento da bateria de um veículo eléctrico é feito numa tomada eléctrica normal, com tensão de 127 volts, sendo que a bateria de uma bicicleta é totalmente recarregada em seis horas.

As bicicletas são impulsionadas por motores eléctricos alimentados por baterias e são recarregáveis a cada 30 quilómetros percorridos.

No Brasil, a EDP controla actualmente empresas de distribuição (Bandeirante e Escelsa), de comercialização e de produção de energia.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Venda de veículos bate recorde em julho

Venda de veículos bate recorde em julho
3/8/2010



Foto:Aerton Guimarães

Comércio de caminhões cresceu 54% este ano
A indústria automobilística registrou alta nas vendas em julho. Foram emplacados 302.407 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, contra 262.773 em junho. Um aumento de 15,08%. O número é recorde, de acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Em julho de 2009, 285.370 veículos foram emplacados.
 
No acumulado do ano, a comercialização desses veículos alcança 1.882.116 unidades, um incremento de 8,48% sobre o mesmo período do ano passado.
 
 Segmentos

O segmento de automóveis foi o que registrou a maior alta: 226.135 unidades comercializadas, o que representa 17,48% de aumento em relação a junho. O de comerciais leves teve expansão de 7,54% (59.164 unidades vendidas em julho).
 
A frota de caminhões do país ganhou 14.688 veículos em julho, aumento de 13,05%, e soma agora 85.567 unidades vendidas no ano. Número 54% maior do que o registrado no ano passado. Já o setor de ônibus cresceu em ritmo menor, 6,14%, com vendas de 2.420 unidades, totalizando 15.566 emplacamentos em 2010. Em relação aos sete primeiros meses de 2009, a alta foi de 27,82%.
 
A quantidade de motocicletas vendidas, dado compilado separadamente, cresceu 6,6% em relação a junho. Foram 143.740 unidades emplacadas. Nos sete primeiros meses do ano, ao todo, mais de 979 mil já foram vendidas. Aumento de 7,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
 
Levando-se em conta todos os segmentos, o aumento foi de 8,67% no ano, comparado com 2009. Os emplacamentos passaram de 2.694.711 unidades nos sete primeiros meses do ano passado para 2.928.296 de janeiro a julho de 2010.
 
O segmento de implementos rodoviários registrou acréscimo de 40,7% em relação ao mesmo período de 2009, com 35.771 unidades.


Aerton Guimarães
Redação CNT

Carro eléctrico brasileiro chega a Portugal em 2013



Sara Piteira Mota   - ECONOMICO
03/08/10 00:05
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O Obvio! 828E tem um ‘design’ original.
O Obvio! 828E tem um ‘design’ original.

Comunidade

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A Obvio! já está a negociar com empresas portuguesas a exclusividade do modelo brasileiro 828E.
O primeiro carro eléctrico brasileiro vai ser pequeno, equipado com tecnologia de ponta e com havaianas em vez de pedais. O modelo 828E, que pertence à fabricante de carros eléctricos brasileira Obvio!, deverá começar a ser produzido dentro de dois anos. A garantia foi dada ao Diário Económico por Ricardo Machado, fundador e presidente da Obvio!. O objectivo é também entrar no mercado português.
"A previsão é iniciar a produção dentro de um ano na versão de quadriciclo leve para o mercado brasileiro. E para a Europa dentro de dois anos", adianta o responsável. Portugal está nos planos da empresa brasileira.
"Estamos a negociar com empresas de aluguer de carros em Portugal e na Europa que estão interessadas em ter exclusividade de lançamento do nosso 828E para oferta de utilização partilhada (‘car sharing')", refere Ricardo Machado.
O modelo de distribuição do compacto eléctrico da Obvio! não será o habitual adoptado pelas fabricantes tradicionais. "As empresas de energia eléctrica vão adquirir os veículos - em lotes mínimos de mil unidades - e revendê-los aos consumidores, com um pagamento em 80 meses", explica o mesmo responsável. As parcelas serão cobradas na conta de luz. As companhias também serão responsáveis por instalar postes carregamento das baterias eléctricas.
A Obvio! vai investir em projectos de transportes verdes no Brasil - automóveis, autocarros, camiões e frotas - para veículos com tracção eléctrica e motor movido a etanol. A empresa estima investir 30 milhões de euros na fase inicial e 130,3 milhões numa segunda fase. A capacidade de produção anual será de 10 mil veículos na primeira fase, aumentado de seguida para 70 mil.
Para já, a empresa ainda está a estudar em que cidade irá instalar a sua fábrica. "Actualmente trabalham na Obvio! 14 pessoas, mas a previsão é que sejam contratados mais 700 profissionais", garante Ricardo Machado. A empresa espera que o incentivo que o estado brasileiro vai lançar para os carros eléctricos seja benéfico para a Obvio!. O Governo Federal deverá conceder incentivos à indústria automóvel para a produção de carros eléctricos no valor de 217,3 milhões de euros.
A Obvio!, que esteve em risco de não arrancar com o projecto devido à falência da fábrica Tritec Motors, que iria fornecer os motores, acaba de ser comprada por um fundo de investimento ambiental inglês - o Cappadocia Investments - por 6,08 milhões de euros, que assumiu as dívidas da empresa no valor de 4,3 milhões de euros.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Além de PMs, agentes são acusados de participação em máfia de taxistas no Tom Jobim

CORRUPÇÃO


Publicada em 02/08/2010 às 23h02m
Selma Schmidt - 02/08/2010 - O Globo
    RIO - Um motorista de táxi comum, não filiado às cooperativas Aerocoop e Aerotáxi, buzina e joga R$ 20, embrulhados num papel com o número da placa de seu carro, no canteiro do lado esquerdo do setor de embarque do Aeroporto Internacional Tom Jobim. O ritual faz parte do esquema de propina montado no local de dia e à noite e revelado ao GLOBO pelo taxista X., que tem o nome preservado por razões de segurança. Ali, na madrugada de 7 de julho, Kleber Luís Oliveira da Rosa foi agredido por outros taxistas após deixar passageiros e tentar fazer outra corrida. Segundo X., o esquema envolve guardas municipais e PMs, embora o taxista garanta que nem todos os agentes e policiais no aeroporto participem dele. Um guarda, que também é motorista de táxi, seria um dos quatro (dois de dia e dois à noite) controladores da caixinha.
    De acordo com X., cerca 50 taxistas têm que pagar, todos os dias, R$ 20 para esperar passageiros em pontos informais no setor de embarque dos terminais 1 e 2, para não serem multados em 120 Ufirs (R$ 242) por estacionamento em local proibido nem perderem cinco pontos na carteira de habilitação. Taxistas que aparecem no local eventualmente, apenas para fazer uma corrida, desembolsariam R$ 5. Nos dois turnos, seriam recolhidos, por dia, pelo menos mil reais de propina, valor pouco inferior aos salários iniciais de um guarda municipal (R$ 1.171,14, incluindo adicional de risco) e de um PM (R$ 1.402,51, com gratificação).
    - Os amarelinhos que não são da Aerotáxi e da Aerocoop conseguem cinco, seis corridas por dia. Em média, fazem entre R$ 150 e R$ 250 e, às vezes, têm que deixar mais de 10% de caixinha para poder trabalhar - conta X.
    No setor de desembarque dos dois terminais, há placas delimitando vagas para táxis especiais e comuns. Oficialmente, a Secretaria municipal de Transportes informa que não há exclusividade para estacionar nessas vagas. Na prática, no entanto, nos espaços destinados aos táxis convencionais só entram os 176 cooperativados da Aerocoop e os 192 da Aerotáxi.
    Infraero diz só controlar especiais
    Os presidentes das duas cooperativas negam que haja caixinha e alegam que o direito de parar ali foi dado a eles pela Infraero. Segundo o superintendente no Tom Jobim, André Luis Marques de Barros, a Infraero não emite selos para os para-brisas e possui apenas um cadastro informal dos filiados das duas cooperativas. Ele acrescenta que a Infraero tem contrato apenas com cinco empresas de táxis especiais (Coopatur, Coopertramo, Cootramo, Transcoopass e Transcootur) para que mantenham balcões dentro do aeroporto, tendo cadastrado seus 1.111 motoristas. Ainda haverá licitação para abrir espaços também para cooperativas de táxis comuns
    Leia a íntegra desta reportagem em O Globo digital (disponível somente para assinantes)
    Leia mais:Tabela de preços cobrados pelos taxistas no Rio
    Taxi Convencional

    terça-feira, 27 de julho de 2010

    Reciclagem de veículos mobiliza profissionais e instituições no país


    26/7/2010 - CNT



    Foto: Divulgação

    Entre especialistas em meio ambiente e em segurança de trânsito, há consenso sobre o papel da reciclagem de veículos na redução da poluição e dos acidentes e na melhoria da mobilidade urbana. No Brasil, embora não haja uma política oficial para a renovação e o processamento de resíduos gerados pelo sucateamento da frota, já existe mobilização de órgãos e instituições pela regulamentação do tema.

    Profissionais como o diretor executivo de Operações do Cesvi Brasil (Centro de Estudos Automotivos), José Aurélio Ramalho, acreditam que a aprovação de legislação específica sobre o assunto é uma questão de tempo. Especialista em segurança viária, Ramalho afirma que o tratamento adequado de resíduos no Brasil demanda regulamentação, criação de centros de reciclagem, concessão de incentivos fiscais para as empresas e adoção de mecanismos de estímulo paralelos.

    O diretor do Cesvi será um dos palestrantes do Seminário Internacional sobre Reciclagem e Renovação de Frota, marcado para o próximo dia 12 de agosto, na sede da Confederação Nacional do Transporte (CNT), em Brasília (DF).
     
    Veja abaixo a integra de entrevista concedida pelo especialista.
     
    Por que o Brasil está tão atrasado na questão da reciclagem em relação a países latino- americanos, aos europeus e aos japoneses? Falta uma política pública direcionada a isso?
    O Brasil ainda não tem uma cultura de reciclagem de veículos. Apesar de termos tecnologia compatível com países de primeiro mundo, ainda nos falta criar uma cultura que nos leve a pensar de forma mais sistêmica no que denominamos de “engenharia reversa”. Pensar em uma forma de como, ao invés de projetarmos e/ou criarmos veículos, reaproveitá-los da melhor maneira possível quando chegar o seu fim de uso.


    O que deve mudar na legislação brasileira para que a reciclagem de veículos de fato aconteça? Uma política de incentivos seria a solução?
    Já existem órgãos e associações se unindo em prol da criação de uma lei que regulamente o tratamento de veículos fora de uso no Brasil (reciclagem). Mais do que nunca, é uma questão de tempo para que tenhamos esta lei em vigor. A questão ambiental é um fator singular, no que diz respeito às prioridades dos mercados mundiais.

    O Cesvi Brasil acredita que para a questão do tratamento de veículos se fazer presente em nosso país, os seguintes pilares devem ser erguidos:

    - Desenvolvimento de legislação específica;
    - Criação de postos de recolhimento e tratamento de veículos (Centros de Reciclagem);
    - Incentivo fiscal (para empresas que exerçam este tipo de atividade);
    - Certificado de destruição;
    - Projetos paralelos (seguro popular/apólice verde);
     
    Qual é a situação da frota de veículos hoje no Brasil e qual seria a idade ideal?
    Hoje, no Brasil, temos uma frota de veículos envelhecida que está circulando sem manutenção adequada, com maior tendência a provocar acidentes de trânsito e engarrafamentos. E quando esses veículos são descartados de forma inadequada afetam ainda mais a poluição ambiental.
     
    O que deve ser feito com veículos antigos reprovados na inspeção veicular?
    A atividade de reciclagem poderá ser uma alternativa para a resolução do problema em relação ao destino dos veículos reprovados na inspeção veicular, além de trazer benefícios ambientais, sociais e econômicos. 

    Apenas a inspeção veicular ambiental já é suficiente para alavancar a reciclagem de veículos ou dependemos necessariamente da inspeção técnica de segurança veicular?
    Não é suficiente. A inspeção técnica de segurança veicular já existe em outros países e é um dever e um direito da sociedade. Num país com uma realidade de trânsito tão complicada como a do Brasil, a inspeção é uma necessidade de caráter urgente. Com a inspeção de segurança é possível estimular a manutenção preventiva dos veículos, o que teria conseqüências diretas na redução da tragédia dos acidentes de trânsito, na diminuição da poluição das grandes cidades e nos engarrafamentos causados por carros enguiçados na via pública.
     
    Quanto tempo seria necessário para a implantação de uma indústria da reciclagem no Brasil? Qual é o papel de montadoras, siderúrgicas, ferros-velhos e seguradoras?
    Caso uma legislação seja criada, algumas empresas podem facilmente se preparar para tal ação, assim como novas empresas serão criadas para tal finalidade. O setor automobilístico pode contribuir para o processo de reciclagem adotando em seus processos práticas ambientalmente sustentáveis, como o descarte correto de veículos fora de uso para centros de reciclagem de veículos.
     
    Como um centro de reciclagem pode se tornar um negócio lucrativo?
    Comercializando as peças dos veículos que podem ser reutilizadas. Ou seja, não se tratando de peças de segurança, a vantagem de se utilizar uma peça de um centro de reciclagem é que ela é avaliada e apresenta certificado de procedência.
     
    A proposta da CNT para a adoção de políticas públicas que permitam a retirada de circulação e a reciclagem de caminhões antigos pode contribuir para aliviar essa demanda?
    Sim, pois uma vez que os veículos pesados não tenham mais condições de rodar com segurança nas estradas e vias do país, tornam-se um perigo. Pelo porte dos veículos e as cargas que transportam, qualquer acidente pode ser fatal, colocando vidas em risco. Sem falar dos transtornos e dificuldades que um acidente proporciona.
     
    Que benefícios a reciclagem pode trazer para o meio ambiente e a saúde da população?
    - ambiental: reduzir a poluição ambiental por meio da remoção e destinação dos componentes considerados perigosos, como baterias e fluidos, bem como na neutralização dos componentes pirotécnicos (“air bags” e pré-tensores dos cintos de segurança);

    - econômico: movimentação do mercado de consumo formal, por meio da venda de peças reutilizáveis;

    - social: aumento de empregos na cadeia de reciclagem, já que a tendência é que novas empresas de reciclagem se estabeleçam para atender a demanda gerada. Combate à proliferação do mosquito da dengue, uma vez que os carros abandonados a céu aberto contribuem para o armazenamento da água proveniente de chuvas.
     
    Quais são os problemas que uma frota sucateada pode trazer para as cidades? Ela afeta a mobilidade?
    Problemas já descritos nas questões anteriores, como acidentes de trânsito, engarrafamentos e poluição do meio ambiente.
     

    terça-feira, 20 de julho de 2010

    Moto supera carro em 46% das cidades brasileiras



    19/07/2010 Transporte Idéias
    A frota de motos já ultrapassa a de carros em 46% dos municípios brasileiros, segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) divulgados pela “Folha de S. Paulo”. No começo da década, o índice era de 26%.
    As motos predominam, principalmente, em cidades de pequeno porte, que abrigam cerca de 25% da população brasileira. Mas duas capitais já têm
    mais motos do que carros: Boa Vista (RR) e Rio Branco (AC). Ainda assim, há 35,4 milhões de carros no país contra 15,3  milhões de motos.
    O aumento do número de motos se deu, entre outras razões, pela baixa qualidade do transporte público e das facilidades na compra. A frota de automóveis aumentou 40% nos últimos cinco anos e a de motos, 105%. Com o crescimento, a quantidade de acidentes fatais também aumentou. O número de motociclistas mortos pulou de 725 em 1996 para cerca de 8 mil em 2009.

    domingo, 4 de julho de 2010

    Venda de veículos cresce quase 10% no semestre



    02/07/2010
    A venda de veículos automotores cresceu 9,29% no primeiro semestre de 2010, na comparação com o mesmo período do ano passado. Nos seis primeiros meses do ano foram vendidos 2,4 milhões de unidades contra 2,2 milhões no primeiro semestre de 2009. Em junho, o setor registrou elevação de 1,32% nas vendas, com 411 mil unidades faturadas. Na comparação com junho do ano passado, houve queda de 6,94%, de acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
    Segundo o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, os resultados não diferem da previsão feita pela entidade. “Na comparação semestral, é nítido o curso de crescimento do setor em função de o consumidor estar tranquilo, se aproveitando das promoções que estão sendo feitas e da situação da economia e da política, que está calma”.
    Quando divididos em segmentos, os automóveis e comerciais leves totalizaram no semestre 1,4 milhões de unidades vendidas, 7,32% a mais do que no mesmo período do ano passado. Na comparação com maio houve elevação de 4,97% : 247,5 mil em junho contra 235,7 mil no mês anterior. Mas quando comparado a junho do ano passado, que registrou 289,7 mil unidades vendidas, a queda foi de 14,58%.
    Os caminhões recuperaram as vendas, com um crescimento de 30,31% no semestre (13,1 mil unidades) e de 7,97% no mês (2,2 mil unidades). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, as vendas cresceram 28,3%. “Nós esperávamos um crescimento mais contido das vendas de caminhões, mas o segmento cresce fortemente porque a economia puxa a necessidade de substituição da frota”.
    Com relação às motocicletas, as vendas em junho foram inferiores às de maio. Com 138,6 mil unidades, a queda foi de 3,62%. No entanto, na comparação com junho do ano passado, o crescimento foi de 3,19% e, no semestre, de 8,56%, com vendas totais de 831.200 motocicletas.
    “O consumidor de motocicletas está pagando um alto preço pela seletividade iniciada na crise de 2008. Para conceder crédito, os bancos procuram privilegiar os processos de compra para marcas mais tradicionais”.
    Ao ser perguntado sobre os impactos de novos aumentos na taxa básica de juros - Selic - nas vendas e nos financiamentos de veículos, Reze enfatizou que não acredita em impactos negativos. Ele citou como exemplo a crise econômica iniciada em 2008 e disse que, naquele momento, o que impactou a decisão de compra do consumidor não foi a taxa de juros e, sim, a ausência de fundos para o financiamento.
    “Quando se tem recursos, os próprios bancos fazem uma avaliação entre os juros que eles pagam com os juros aplicados ao mercado e a necessidade do banco de aplicar esses recursos. Podemos verificar que não houve uma diminuição das vendas e a taxa Selic já teve dois ou três aumentos [atualmente está em 10,25%]. O que as pessoas fazem é ampliar as prestações do financiamento”.
    Reze ressaltou que os veículos de entrada (conhecidos como carros populares) sem opcionais são comprados principalmente por frotistas. Já o consumidor comum, que consegue prazos maiores de financiamento, está optando por veículos com maior valor agregado. “O veículo 1.0 [litro] equipado está custando o mesmo preço de um veículo 1.6 [litro]. Então, nem nesse sentido, o aumento dos juros vai influenciar”, disse.
    Fonte: Agência Brasil