domingo, 19 de setembro de 2010

Locomoção individual supera a coletiva no DF

Atualizado em: Segunda-feira, 06/09/2010 às 10:21:23
















Marina Marquez




marina.marquez@jornaldebrasilia.com.br








Com 1,3% da população nacional, o Distrito Federal já possui quase o
dobro dessa porcentagem no que diz respeito a frota de veículos. Além
disso, enquanto a média nacional de mobilidade urbana é de 30% de
pessoas se locomovendo em transporte individual e 36% em transporte
coletivo, a capital federal possui o inverso, 37% em veículos e 33% em
transporte coletivo. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) e, segundo especialistas, a tendência é que a situação
piore nos próximos anos.




O estudo do Ipea sobre a mobilidade urbana nos últimos anos aponta
que, entre os anos de 1998 e 2008, só aumentou a quantidade de venda de
automóveis e motocicletas, cerca de 9% e 19% ao ano, respectivamente.
Ao mesmo tempo, a proporção da população que é passageira de transporte
público urbano diminuiu. Para o chefe do Laboratório de Ensino e
Aprendizagem em Transportes (Leat) e do Centro Interdisciplinar de
Estudos em Transportes (Ceftru) da Universidade de Brasília (UnB),
Victor Pavarino, um conjunto de fatores favorece o quadro de
crescimento no transporte individual que o Distrito Federal vive. Entre
eles o descaso político com o transporte público e o próprio desenho
urbano da cidade.




"Apesar dos recorrentes discursos de vários governos de que o
transporte público seria prioridade, ele serve a uma população cujo
poder de barganha é inferior ao das classes médias, que são usuárias de
automóveis. Logo, há um descaso com o transporte. E além disso, o
desenho urbano é pouco favorável à eficiência do transporte, uma vez
que há um baixo índice de passageiros por quilômetro e longas
distâncias sem renovação de passageiros", explica.




Leia mais na edição desta segunda-feira (06) do Jornal de Brasília.




http://www.clicabrasilia.com.br/site/noticia.php?id=296718

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