segunda-feira, 20 de junho de 2011

Perfil do Consumidor

20/06/2011 - Webtranspo, Marcos Morita, Exper em Marketing aponta perfil do consumidor

Marcos Morita

Tenho acompanhado com curiosidade a entrada de mais uma montadora chinesa, desta vez com algumas diferenças marcantes - a começar pelo estardalhaço. Espaços generosos nas principias mídias, corredores de shoppings centers e locais de grande circulação, além de propagandas em horário nobre. Como estudioso de marketing, tenho pensado de que maneira esta comunicação massiva, assim como a interessante proposição de valor, poderão influenciar os consumidores.

Gostaria de traçar um paralelo com a curva de adoção de tecnologias, a qual classifica os consumidores em cinco grandes grupos: pioneiros, visionários, pragmáticos, conservadores e tradicionais - avaliados conforme seu grau de interesse, aversão ao risco e familiaridade com o tema. Vejamos suas principais diferenças.

Pioneiros: viciados em tecnologia, são capazes de enfrentar horas de fila, só pelo prazer de ter em primeira mão a novidade do momento. Como formadores de opinião, divulgam seus comentários em sites e blogs especializados.

Visionários: apreciam a inovação, avaliando de que maneira determinada tecnologia irá auxiliá-los nas tarefas do dia-a-dia. Convencidos, costumam adotá-la, mesmo que ainda não totalmente testada e comprovada.

Pragmáticos: grupo bastante numeroso em tamanho, preferem soluções e produtos maduros, consagrados e consolidados, não se importando com a questão da exclusividade.

Conservadores: últimos a entrarem no mercado, estudam, analisam, avaliam e muitas vezes relutam em sua adoção. Também avessos ao risco, buscam produtos com ótima relação custo versus benefício.

Tradicionais: são muitas vezes forçados e obrigados a aderirem para não se sentirem excluídos. Caso encontre alguém sem celular ou email, saiba que a este grupo pertence.

Creio que com os veículos chineses esteja ocorrendo processo similar, sobretudo no que tange a aversão ao risco, haja vista o valor intrínseco do bem. Desta maneira, baseei-me em cinco categorias: desconhecimento, desconfiança, avaliação, consumo e recomendação, as quais de algum modo, se interrelacionam com as já apresentadas. Para melhor elucidá-las, trarei exemplos de outras nacionalidades, indústrias e segmentos, atuais e passados.

Desconhecimento: façamos uma volta no túnel do tempo. A posição atual das montadoras chinesas já foi ocupada por coreanos e japoneses, há algumas décadas. Famosas em seus países de origem, porém desconhecidas quando começam a ganhar escala, penetrando outros mercados. A propaganda de massa é uma das maneiras mais rápidas de se apresentarem aos novos consumidores.

Desconfiança: o respeitado Made in Japan, já foi sinônimo de produto de má qualidade no pós-guerra. A invasão de quinquilharias eletrônicas de baixo preço e qualidade duvidosa, presentes em ruas de comércio popular e camelôs, denigrem os produtos Made in China, correndo o risco de extrapolar a má fama para outras categorias.

Avaliação: nesta categoria incluo os veículos coreanos, os quais já deixaram a desconfiança, quando eram sinônimos de cachorro-quente. Não obstante a obsessão por comparativos e testes com marcas tradicionais, o avanço em tecnologia e design é visível. Sua compra pode ainda ser avaliada e contestada por razões como manutenção e revenda.

Consumo: celulares e televisores coreanos, só para citar alguns exemplos, estão hoje na mesma cesta que seus congêneres holandeses, americanos, finlandeses ou japoneses, ao menos no que se refere ao quesito escolha. Com forte apelo em preços, utilizado para conquistar a massa de consumidores conservadores, começam a inovar visando atrair os grupos mais antenados.

Recomendação: apesar dos recentes recalls envolvendo milhões de veículos, é patente a durabilidade dos veículos produzidos no país do sol nascente. Seus proprietários tornam-se em geral fiéis aos modelos e marcas, divulgando e recomendando a familiares, parentes e conhecidos. Consistência, inovação e qualidade são seus pilares.

Olhe ao redor e veja as marcas dos produtos existentes em sua cozinha, escritório e sala. Separe-os pela data de compra, dos mais recentes aos mais antigos. Repita o procedimento em seu círculo de convivência mais próximo: parentes e amigos. Creio que de alguma maneira a teoria se comprovará em maior ou menor grau.

Agora, prever quando os veículos chineses deixarão o horário nobre da telinha para ocupar as garagens é ainda incerto. É bem provável, todavia, que em algum tempo dividam o espaço hoje ocupado por japoneses e coreanos, para os quais até pouco tempo atrás nutríamos os mesmos sentimos de desconhecimento e desconfiança. É esperar para ver.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Prefeitura de SP estuda trazer carro elétrico à cidade

02/06/2011 - Portal 2014

Acordo nesse sentido foi assinado ontem (1/6) com a Nissan e Eletropaulo


Prefeito Gilberto Kassab assina acordo para estudar o carro elétrico (crédito: Divulgação)

O carro elétrico pode estar chegando ao país. Pelo menos é o que aponta acordo de intenção assinado ontem (1/6) pela prefeitura de São Paulo com o grupo automotivo japonês Aliança Renault-Nissan e a AES Eletropaulo para estudar a a implantação de carros elétricos na cidade.

As primeiras sondagens entre a administração e a empresa japonesa começaram em abril de 2010 e tiveram como objetivo identificar as oportunidade e soluções para a introdução e viabilidade de carros elétricos (infraestrutura, pesquisas e produtos) na capital paulista.

A inclusão da AES Eletropaulo na atualização desta parceria é resultado dos estudos iniciais e um passo à frente para estabelecer o conceito de emissão zero na cidade.

Entre os pontos a serem analisados pelo município, Eletropaulo e Nissan está a implantação e a manutenção de uma rede de recarga, incentivos que facilitem a adoção de carros elétricos e campanhas educativas sobre as vantagens dos mesmos para a cidade, população e meio ambiente. 

Os veículos elétricos não emitem poluentes e ajudam a minimizar os níveis de ruído nas ruas, e vem sendo veiculado como uma solução de mobilidade, capaz de melhorar a qualidade de vida dos centros urbanos.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Frota de carros aumenta 20 mil por mês em S

27/05/2011 - G1


Nos últimos anos, milhares de paulistanos das classes C e D realizaram o sonho de comprar um carro. Tudo graças ao aumento da renda familiar e do acesso a mais crédito. Por isso, a frota paulistana não para de crescer. Este ano, a frota de veículos só na capital paulista já chegou a mais de 7 milhões. Segundo o Detran, a frota aumenta, em média, 20 mil por mês.

O número de carros circulando na cidade de São Paulo é preocupante. Além dos congestionamentos, os veículos são responsáveis por 90% da poluição da cidade. De acordo com o professor de Economia Ambiental da UFRJ Carlos Eduardo Frikmann Young, é preciso criar algumas políticas no trânsito.

“A frota aumentou consideravelmente e as ruas não têm como expandir. Então, você vai ter que, ao mesmo tempo, criar políticas para impedir o uso do automóvel, uma situação paradoxal. Por um lado você incentiva a aquisição do automóvel e por outro lado você proíbe o seu uso.”

Francisco usou o transporte público por 12 anos, para trabalhar e estudar. Cansado de pegar o ônibus lotado e demorar até quatro horas para chegar em casa, decidiu investir em um carro próprio. Ele financiou o saldo em 36 vezes, mas diz não se arrepender. “Uma conta a mais, mas também um conforto a mais. Posso viajar, posso sair com meus filhos, não preciso depender de um ônibus.”

Segundo o especialista em tráfego Horácio Figueira, o problema na hora do transporte é que os ônibus são mais lentos. Mais paulistanos usariam o transporte público se não houvesse tanto congestionamento. “Eu preciso dar velocidade para essas linhas nos corredores e faixa exclusiva, eu preciso dar conforto e frequência. Hoje você não tem nada disso. Você não tem velocidade, não tem conforto e não tem frequência e nem confiabilidade.”

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Estado de SP é o 1º do mundo a ter padrão mais rígido de qualidade do ar

26/05/2011 - O Estado de São Paulo, Paulo Saldaña

São Paulo é o primeiro Estado do mundo a adotar padrão mais rígido de limites para poluição, em acordo com recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A mudança foi aprovada ontem pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema).

O documento, discutido e elaborado por um grupo de trabalho desde março de 2010, delimita metas de qualidade do ar mais exigentes que as vigentes hoje. Esses são os parâmetros usados para que a cidade de São Paulo, por exemplo, seja colocada em estado de alerta, atenção ou emergência por causa da poluição. Para se ter uma ideia, o nível aceitável hoje de material particulado - as chamadas partículas inaláveis, um dos poluentes mais presentes nas cidades - é três vezes superior ao padrão internacional que foi aprovado.

Esse novo paradigma da má qualidade do ar deverá ter reflexos importantes a médio prazo. Novas metas influenciarão os requisitos para empresas obterem licenças ambientais e a aplicação de medidas mais extremas nas cidades, como a interrupção de aulas e a ampliação do rodízio de veículos sempre que o nível de poluição atingir índices críticos.

"Agora temos um novo desafio", afirmou o secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, que preside o Consema. "Os padrões atuais são de 1976. E são padrões, não metas como agora. É importante que as pessoas percebam que deve haver uma mudança de comportamento e cabe ao Estado ser o indutor das alterações para atingir essas metas." Na cidade de São Paulo, 4 mil pessoas morrem por ano de doenças provocadas ou agravadas pela poluição.

Segundo a diretora de Tecnologia e Avaliação Ambiental da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Ana Cristina Pasini, esse é um passo importante para combater a poluição, mas não pode vir desacompanhado de ações para redução de emissão de poluentes - que não fazem parte do relatório. "É preciso ter um acompanhamento de políticas públicas, como transporte e energia", diz ela. "Isso torna mais transparentes as condições e a população tem de acompanhar e cobrar."

Prazo. A revisão ainda será encaminhada ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), que deve publicar um decreto com essas determinações. Antes de se alcançar os níveis finais preconizados pela OMS, outras três metas intermediárias deverão ser contempladas. Só para a primeira há prazo estabelecido: três anos. Já para as outras metas a definição de datas ocorrerá ao longo da primeira fase.

Esse foi um dos pontos mais criticados na reunião de ontem. "O primeiro nível da meta, a ser alcançado em três anos, é relativamente baixo. E é um pouco frustrante que a meta final não tenha um prazo definido", afirma a bióloga Sonia Maria Gianesella, professora da USP.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Vendas de carros recuam no Brasil

23/05/2011 - Webtranspo

SP tem queda de 1,1%; feirão pode ajudar

Chevrolet realizou mega-feirão nos últimos dias 15 e 16 de maio

O mercado automotivo do País começou a dar sinais negativos após as medidas do governo em conter a inflação. As vendas de automóveis na primeira quinzena de maio registrou uma retração de 6,62%, com relação ao mesmo período de abril. De acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), houve um comércio de 107.483 unidades no Brasil.

De acordo com a federação, a exigência de maiores garantias dos bancos para compra a longo prazo, o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em 1,5% e a maior alta dos juros básicos favoreceram a contenção da demanda.

Maior região consumidora de carros, o Estado de São Paulo também registrou queda nas vendas, ainda que menor que a média mensal. Segundo o Sincodiv-SP (Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos), o desempenho caiu 1,1% nos primeiros quinze dias e, a exemplo do restante do País, o resultado foi influenciado pelas medidas governamentais.

Segundo a entidade, a soma das vendas de automóveis e comerciais leves nesta primeira metade de maio atingiu 43.103 unidades contra 44.658 no mesmo período do mês anterior. Com relação à primeira metade de maio de 2010 ocorreu um crescimento de 28,4%. O desempenho de São Paulo representou 30,8% do volume nacional.

Feirões

Para ampliar suas vendas, as montadoras realizam os chamados feirões de fábrica, no qual o consumidor tem a oportunidade de encontrar carros novos a preços diferenciados e juros um pouco abaixo do praticado atualmente pelo mercado. A ação, que geralmente ocorre nos fins de semana, tem sido uma boa ferramenta na estratégia comercial das empresas.

Um exemplo dessa iniciativa foi dado pela Chevrolet que realizou um mega-feirão de fábrica nos últimos dias 15 e 16 de maio. De acordo com a montadora, a ação que ofereceu taxas de juros atrativas, foi estendida para toda a rede de concessionárias no território nacional.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Classe C vai gastar mais para alimentar o carro do que para alimentar a família.

17/05/2011 - Mobilidade Sustentável



Carros e motos já aparecem como prioridade de consumo na nova classe média brasileira , esta tendência foi apontada numa pesquisa divulgada em outubro de 2010 pelo Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) revelava que até fevereiro de 2011 cerca de 30% das pessoas da Classe C planejavam comprar um carro. Um apontamento feito pela Data Popular mostrou que o aumento do valor dos veículos e a busca por modelos mais sofisticados faz com que a Classe C invista até 70% a mais para aquisição do automóvel. Além disso, cresceu também os gastos com seguro, manutenção e acessórios. Para se ter uma idéia a nova classe média do Sul é a mais motorizada no país sendo que cerca de 67% das famílias têm automóvel, contra 49% das do Norte e do Centro-Oeste. 

Teoricamente a Classe C gastaria mais para alimentar um carro do que para alimentar a família e se carro foi financiado o comprometimento poderia representar quase 70% da sua renda.

Vamos imaginar que a média de consumo de combustível de um carro popular seja 12 km/ litro de gasolina dentro da cidade de SP sem contar com as horas paradas no trânsito.

Uma pessoa que circula 20 km por dia apenas para trabalhar vai percorrer 4.800 km por ano e vai desembolsar cerca de R$ 1.000,00 apenas com combustível. 

Se somarmos outras despesas de um carro popular zero km, vamos ter mais ou menos os seguintes gastos por ano, sem contar custos de manutenção e aumento do combustível.

1.000,00 gasolina
1.500,00 seguro
2.400,00 estacionamento
1.200,00 IPVA

Chegaríamos a um custo de R$ 508,00 por mês para alimentar o carro quase que um salário mínimo ( R$ 545,00) 

Segundo o IBGE as classes sociais são divididas por faixa salarial:
classe A (entre R$ 6,6 mil e R$ 11 mil); 
classe B (entre R$ 2,2 mil e 3,8 mil); 
classe C (R$ 1,1 mil); 
classe D (R$ 570) e 
e classe E (R$ 300).

Sem uma política de transportes públicos adequada, iremos “produzir” uma bolha insustentável de endividamento na classe C muito acima do razoável . O que acontece quando a inadimplência aumenta? O número de consumidores que não honraram suas dívidas aumentou 21,4% no primeiro trimestre do ano, em relação ao mesmo período de 2010. Na comparação com fevereiro, houve um crescimento de 3,5% em março. Em relação ao mês de março de 2010, o aumento foi de 14,4%, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor.

O aumento das vendas de automóveis nesta classe é insustentável e trará graves implicações para economia e desenvolvimento da cidade. 

O que evitaria esta catástrofe? O aumento do Juros ou uma política de desenvolvimento social que possibilite levar para os bairros mais afastados , trabalho, saúde e lazer, evitando grandes deslocamentos?

Por Lincoln Paiva

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Até 15 km por dia, táxi é mais barato do que carro

15/05/2011 - Folha de São Paulo

A aposentada Sônia Cacace, 69, abdicou do conforto do carro particular pela praticidade do táxi há dois anos.

"Como rodo pouco, o custo para manter um automóvel sai mais caro. Minhas oito colegas também fizeram o mesmo. Hoje, nem o trânsito caótico me estressa tanto", relata Cacace, que diz aproveitar melhor o tempo ocioso no banco do passageiro.

A pedido da Folha, Samy Dana, professor de finanças pessoais da Fundação Getúlio Vargas, comparou os custos anuais para manter um carro e para andar de táxi.

Os cálculos do professor da FGV mostram quando é vantagem vender o carro e ir (ou ligar) para o ponto.

Para quem roda até 15 km por dia entre ida e volta (do trabalho, por exemplo), o táxi sai (1%) mais barato do que manter um veículo de R$ 40 mil (preço médio dos carros novos vendidos no país).

O custo anual para rodar aproximadamente 5.500 km com carro particular é de cerca de R$ 17.300. Isso quando o dono arca com combustível e todas as taxas, como inspeção, seguro e estacionamento. A depreciação do veículo também está inclusa_o Datafolha calcula que o carro perde 7% do valor ao ano.

"Considerei ainda que o valor de um carro médio aplicado renderia R$ 300 por mês. Isso custearia quase uma semana de táxi em trajetos curtos", calcula Dana.

Quando a comparação é feita com um modelo "popular", de R$ 25 mil e com motor 1.0, que é mais econômico, o táxi só compensa para quem roda até 10 km por dia.

Nesse caso, o custo anual para percorrer 3.600 km seria de R$ 12.463_R$ 10 a menos do que com o carro.

Isso porque a tarifa de táxi na capital paulista é cara, apontam especialistas. Custa quase o dobro da de Buenos Aires, por exemplo.

Em São Paulo, além dos R$ 4,10 iniciais, paga-se mais R$ 2,50 por quilômetro rodado. Após as 20h e aos domingos, esse valor aumenta 30%.

Mesmo assim, o arquiteto de informação Avi Alkalay, 37, resolveu vender o segundo carro. "A cidade não comporta mais esse luxo."

A naturóloga Fernanda Leme, 27, desistiu de seu carro particular para aderir ao táxi após a Lei Seca, de 2008.

"Passei a usar táxi para ir às baladas e vi que era vantajoso, porque os estacionamentos estão muito caros."

Coletivo

Para o especialista em engenharia de tráfego Sérgio Ejzemberg, tanto faz usar táxi ou carro --porque o veículo individual vai ocupar o mesmo espaço na rua.

A solução mais adequada é o transporte coletivo, como o metrô. "As pessoas só desistirão do carro quando houver um transporte coletivo decente --com o mínimo de conforto", diz.