segunda-feira, 11 de abril de 2016

Aplicativo permite compartilhar corridas de táxi

08/04/2016 - Easy Táxi / Mobilize

Easy táxi lança no Brasil sistema para que usuários possam usar o mesmo táxi e dividir os custos da corrida

 Autor: Marcos de Sousa 


Aplicativo permite compartilhamento de corridas de
Aplicativo permite compartilhamento de corridas de
EasyShare: até quatro passageiros podem compartilhar táxi
créditos: EasyTaxi

A Easy Taxi anunciou ontem (7) o início de operação da ferramenta "EasyShare" para que vários passageiros possam compartilhar a mesma corrida de táxi. Segundo a empresa, o serviço permite que os usuários economize até 60% em seus gastos com táxi. O sistema funciona da seguinte forma: o usuário acessa seu aplicativo e na hora de pedir um táxi deve selecionar um ícone que automaticamente habilitará aquela corrida para ser compartilhada com outros usuários próximos e que tenham o mesmo destino.      

Quando acionada, a "EasyShare" permite que até quatro usuários possam compartilhar a mesma viagem. Para que o compartilhamento aconteça, os usuários precisam obrigatoriamente colocar o endereço de destino quando solicitarem seus táxis. O valor final da corrida é dividido entre os usuários que estiverem compartilhando o táxi, sendo assim, cada um poderá pagar a sua parte da corrida. Nesta fase inicial, o compartilhamento de corridas só é válido para corridas realizadas por pagamento "Empresas" ou "Cartão de Crédito no App".


Olimpíada

Segundo a operadora, a ferramenta ajudará bastante em eventos com grande número de público, como shows, jogos em estádio e eventos de grande porte, como a Olimpíada e Paralimpíada de 2016. “O mais relevante é o impacto de redução de carros na rua, o que contribui também com menos emissão de CO2. E muitas vezes uma corrida compartilhada custará quase o mesmo valor de uma viagem com outros meios de transporte, por exemplo, metrô ou ônibus” diz Fernando Matias, da Brasil Easy Taxi.

A empresa explica que o serviço de compartilhamento de corridas ainda está em sua fase inicial, e terá ainda mais novidades e melhorias nos próximos dois meses. Easy Share já começou a funcionar para usuários com sistema android e a partir desta semana estará disponível para usuários sistema iOS.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Produção de motos cai 37% no trimestre e Abraciclo agora estima um 2016 negativo


08/04/2016  - Valor Econômico

Eduardo Laguna / São Paulo

Representante da indústria de motocicletas, a Abraciclo, após um primeiro trimestre frustrante, revisou ontem suas estimativas ao desempenho do setor no ano. Agora, prevê vendas de pouco mais de 1 milhão de unidades, o que, além de ser o menor volume desde 2005, significa perder metade do volume entregue por essa indústria cinco anos atrás.

Do pico de 2 milhões de motos de 2011, as vendas no atacado - ou seja das montadoras para as concessionárias - caíram de forma ininterrupta nos quatro anos seguintes por conta, principalmente, da restrição de crédito, agravada agora pela recessão e falta de confiança dos consumidores.

Após iniciar o ano com a expectativa de crescimento de 2,5% nos dois indicadores, a associação das montadoras de motos passou a prever queda de 9,7% da produção, ao passo que para as vendas no atacado a projeção passou a ser de recuo de 10,1%. "Assim como outros setores da economia, que registram resultados negativos no período, o segmento de motocicletas também se enquadra no contexto atual da crise político-econômica", disse Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. A exemplo de outros empresários, ele cobrou uma resolução do caos que tomou conta da política brasileira.

A entidade refez suas contas após os primeiros resultados do ano mostrarem números negativos de difícil reversão. Só no mês passado, a produção de motos no país caiu 36,8% frente ao mesmo período de 2015. No total, 80,4 mil motocicletas foram montadas em março, o que fez o setor terminar o primeiro trimestre com 227,4 mil unidades fabricadas, 36,9% abaixo do volume de um ano antes.

As vendas para as concessionárias recuaram 36,2% em março, na comparação anual, totalizando 83,5 mil unidades. Em relação a fevereiro, houve alta de 14,3%, num crescimento influenciado, porém, pelo calendário com mais dias úteis de março. Assim, de janeiro a março, as vendas encolheram 37,4%, para 215,4 mil unidades.

O desempenho das exportações, por outro lado, segue em alta, mais do que dobrando - com crescimento de 116,5% - o resultado do primeiro trimestre do ano passado. No total, 13,7 mil motos foram embarcadas de janeiro a março. Fermanian ponderou, porém, que o crescimento das exportações se dá sobre uma base de comparação fraca, já que os resultados do início de 2015 foram significativamente afetados por restrições à liberação de dólares para importadores na Argentina, principal mercado no exterior.

sexta-feira, 25 de março de 2016

Uber deve começar a atuar em Salvador ainda em 2016

24/03/2016 - Agência Brasil

A empresa de transporte particular por aplicativo, a Uber, começou a avaliar motoristas em Salvador para fazer cadastros ainda este ano. Atualmente, a Uber faz transportes de passageiros em 261 cidades de todo o mundo. O prefeito da cidade, ACM Neto, no entanto, já sinalizou posicionamento contrário à circulação desse transporte alternativo na capital baiana.

Segundo a Uber, o cadastro dos motoristas que podem circular na capital baiana só vai ocorrer depois de uma avaliação. “[A avaliação] é feita em vários níveis. Inclui buscar talentos e compartilhar informações com os cidadãos que queiram ter uma nova oportunidade de renda com autonomia, flexibilidade e dignidade dirigindo na plataforma da Uber”.

Na última semana, o prefeito de Salvador, ACM Neto, divulgou novas regras para o funcionamento de táxis na cidade. Durante o evento, criticou o modelo de transporte praticado pela Uber. “Quero reafirmar o meu compromisso de trabalhar para combater a clandestinidade. Nós não podemos admitir que um pai ou uma mãe de família, que paga suas taxas e segue o regulamento, [passem por uma] uma competição desleal e injusta com quem está na clandestinidade, com quem não se submete às regras e não passa pelo crivo do poder público”, disse ele.

ACM anunciou a extensão do período para cobrança da bandeira 2 aos taxistas e defendeu a categoria: “Irei com unhas e dentes defender e proteger os taxistas, sempre que o interesse de vocês estiver em jogo”.

No Brasil, a Uber faz transporte alternativo individual de passageiros em 9 cidades: Brasília, Belo Horizonte, Campinas, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e em São Paulo, onde, em janeiro deste ano, houve confrontos entre motoristas da empresa e taxistas.

Repercussão

Compartilhado em sua página no Facebook, o discurso do prefeito dividiu opiniões. “O serviço de táxi em Salvador é muito precário. Muitos deles são despreparados e mal-educados. O Uber é um serviço que deveria ser regularizado”, defendeu o internauta Fábio Lucas. “Deveria se preocupar em regulamentar o Uber. Impossível pegar um táxi em Salvador em dia de evento”, disse o usuário do Facebook Felipe Mendonça.

Outros internautas saíram em defesa dos taxis: “Uber é concorrência desleal, haja visto que eles não têm os custos do taxista municipal. Creio que essa nova regulamentação deve contemplar isso”, disse Marco Antônio Paes. “Gente, essa prática de comércio do Uber não respeita os taxistas que são profissionais e pagam impostos e os pontos de táxis”, escreveu Natanael Yamamoto.

Em nota, a empresa Uber disse ser “completamente legal, já que os motoristas parceiros prestam o serviço de transporte individual privado, que tem respaldo na Constituição Federal e é previsto em lei federal (Política Nacional de Mobilidade Urbana – PNMU)”.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) divulgou estudo, no fim de 2015, feito em cidades brasileira onde já existe o sistema e onde não existe: “A entrada do aplicativo Uber no mercado brasileiro não influenciou de forma significativa o mercado de táxis nacional”. De acordo com o levantamento, “a empresa atende uma demanda reprimida, que não fazia uso dos serviços dos taxistas”.

A Uber é uma empresa norte-americana que credencia morotistas, depois de uma avaliação, para trabalharem com transporte particular, solicitado pelos clientes, por meio de aplicativo.

terça-feira, 1 de março de 2016

Carro autônomo do Google bate em outro veículo pela 1ª vez

01/03/2016  - O Estado de SP

Um carro autônomo do Google colidiu sem gravidade contra um ônibus municipal na cidade de Mountain View, no Estado norte-americano da Califórnia, nesta segunda-feira, 29. Apesar de já ter se envolvido em outros acidentes anteriormente, esta é a primeira vez que o carro sem motorista da empresa atinge outro veículo em via pública – nos incidentes anteriores, o veículo do Google foi atingido por motoristas humanos. O Google ainda assumiu que tem “responsabilidade” com o acidente, que aconteceu com um Lexus RX450h.

Em um relatório divulgado em 23 de fevereiro, apresentado à agência de regulação de trânsito da Califórnia, o Google disse que o acidente, que ocorreu em 14 de fevereiro, aconteceu quando um veículo autônomo tentou contornar alguns sacos de areia em uma pista larga. O veículo e o motorista de testes “acreditaram que o ônibus reduziria a velocidade ou permitiria que o (veículo do) Google continuasse”.

Três segundos depois, o carro do Google entrou novamente no centro da faixa e atingiu a lateral do ônibus, causando danos ao para-lama frontal esquerdo, a roda da frente e em um sensor de direção lateral. Ninguém se feriu. De acordo com o relatório, o carro do Google se movia a cerca de 5 km/h, enquanto o ônibus estava a pelo menos 25 km/h.

O Google disse por meio de um comunicado que “claramente tem alguma responsabilidade, porque se o nosso carro não tivesse se movido, não teria acontecido uma colisão.” A empresa disse ainda que incidentes como esse – e variações – acontecem muitas vezes em seu simulador.

“A partir de agora, nossos carros vão entender melhor que ônibus e outros veículos de grande porte têm menor probabilidade de lhes dar passagem”, explicou o Google. “A expectativa é de que possamos lidar com incidentes como esse de forma mais proveitosa no futuro”. Segundo a polícia de Mountain View, nenhum boletim de ocorrência foi feito sobre o acidente.

Em novembro, o Google informou que ,em seis anos de testes com os carros autônomos, aconteceram 17 acidentes leves ao longo dos mais de 3,4 milhões de km percorridos pelos veículos. O mais grave deles aconteceu em julho do ano passado, quando um carro bateu na traseira do veículo do Google a 27 km/h, deixando três pessoas com dores na cabeça e no pescoço. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Robô pode ser considerado motorista, decide órgão regulador dos EUA

11/02/2016 - Folha de SP - Financial Times / Estadão - Reuters

Robô pode ser considerado motorista, decide órgão regulador dos EUA

Uma barreira significativa ao plano do Google de colocar nas ruas carros autoguiados foi removida, após a autoridade de transporte nos Estados Unidos determinar que um robô pode atender à definição legal de "motorista".

Em carta a Chris Urmson, diretor do projeto do carro autoguiado no Google, a Administração Nacional da Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA) americana anunciou que concordava com a interpretação proposta pela empresa para o código federal de segurança de veículos motorizados, exigido para o uso nas vias públicas dos EUA.

O Google alega que os carros serão mais seguros quando os seres humanos não tiverem capacidade de intervir em sua condução de maneira alguma, e os veículos dependerem exclusivamente de um sistema de inteligência artificial que tomará decisões com base num conjunto de sensores, mapas e câmeras.

Essa abordagem é mais extrema que a de muitas montadoras, que defendem uma mudança mais gradual para a condução autônoma, o que por muitos anos ainda requereria controle dos veículos por um motorista humano.

"A NHTSA interpretará 'motorista' no contexto do projeto de veículo motorizado descrito pelo Google, como referência ao sistema de autocondução, e não a qualquer dos ocupantes do veículo", diz a agência. O órgão concorda que o carro autoguiado do Google "não contará com um 'motorista' tradicional", como tem ocorrido nos últimos cem anos".

O Estado de SP - Reuters

Carros autônomos serão tratados como motoristas nos EUA

De acordo com carta enviada ao Google, a agência de transportes dos EUA irá classificar o sistema que guia carros sem condutores como sendo um motorista

O carro autônomo do Google está cada vez mais perto de se ganhar as estradas dos Estados Unidos. Nesta quarta-feira, 10, a Administração Nacional para a Segurança do Tráfego Rodoviário (NHTSA, na sigla em inglês), informou por meio de carta que o sistema que guia os carros sem condutores poderá ser tratado como um motorista.

Segundo reportagem publicada pela Reuters, a mudança no código de trânsito do país deve ocorrer após um pedido feito pelo Google em 2015. Na requisição, a empresa pediu para que a NHTSA passasse a considerar carros autônomos como qualquer outro automóvel em circulação, tentando incentivar a popularização dos carros sem motoristas nas ruas do país.

"Vamos considerar que os ocupantes do carro não são os motoristas. Se nenhum humano ocupante do veículo pode dirigir o carro, é razoável identificar o motorista como sendo qualquer coisa que esteja dirigindo. ”, escreveu o chefe do conselho da NHTSA, Paul Hemmersbaugh, por meio do comunicado. "Concordamos  que não haverá um condutor no sentido tradicional que os carros tiveram durante os últimos 100 anos”.

Atualmente, o código de trânsito dos EUA diz que o motorista é quem ocupa o sistema de controle de um automóvel.

Apesar da resposta, a alteração nas regras deverá levar algum tempo, de acordo com Hemmersbaugh. ”A próxima questão é se o Google poderá se certificar que o sistema de auto-condução atende um padrão desenvolvido e projetado para aplicar a um veículo com um motorista humano”, disse NHTSA.

A agência também afirmou que a empresa deve reconsiderar a ideia de remover componentes destinado a motoristas, como pedais de aceleração e freio. Recentemente, já era esperada uma flexibilização nas regras de segurança para carros autônomos.

A decisão é uma boa notícia não só para o Google, mas também para a maior parte das montadoras de carros e das empresas de tecnologia, que têm entrado em uma corrida para desenvolver e vender carros que possam ser considerados autônomos.

Hoje, a maior parte dessas empresas têm feito críticas às atuais legislações federal e estaduais nos EUA, dizendo que regras de segurança impedem testes e o desenvolvimento desses sistemas. Na Califórnia, por exemplo, onde ficam as principais empresas de tecnologia, anteprojetos sobre o tema pediam que os carros autônomos tivessem volante e um motorista habilitado a bordo em todas as viagens.

Para Karl Brauer, analista da companhia de pesquisas automotivas Kelley Blue Book, ainda há questões legais significativas em torno dos carros autônomos. "Se a NHTSA está preparada para dizer que a inteligência artificial é uma alternativa viável aos motoristas humanos, isso pode acelerar o processo de ter veículos autônomos nas ruas”, disse.

Em sua resposta ao Google, a agência federal exibiu um mapa dos obstáculos legais ainda existentes para colocar os carros autônomos nas estradas. Segundo os reguladores, ainda há regras a respeito de segurança que não podem ser alteradas imediatamente, como requisitos para sistemas de freio que possam ser ativados pelos pés dos ocupantes do carro.

"A grande questão, agora, é como e quando o Google poderá mostrar que o sistema autônomo tem um padrão de desenvolvimento para se aplicar a um veículo acostumado a ter um motorista humano”, disse a NHTSA. Procurado pela Reuters, o Google disse que ainda está avaliando a resposta da NHTSA.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Rio de Janeiro, Terça-feira de Carnaval

09/02/2015 - Grupo Facebook COPACABANA ALERTA

‎Por Claudia Fassh‎

No domingo, minha filha pegou um táxi na Visconde de Pirajá, depois da Banda de Ipanema, com destino a Bolivar. 1 quarteirão depois, 1 rapaz com uma pequena mala, fez sinal para o táxi, que prontamente parou. Foi oferecido 90,00 para ser levado até o Santos Dumont. O taxista simplesmente pediu que minha filha saísse do carro. Ela tem 17 anos,mas é inexperiente em situações desse tipo. Resumindo, foi deixada numa rua pouco movimentada , assustada e com outros táxis lotados. Meu marido teve que ir buscá-la. 

Viva o Uber !!!!'

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Serviço de transporte privado Uber começa a operar em Goiânia

29/01/2016 - G1 GO

A empresa de tecnologia Uber vai começar a atuar em Goiânia nesta sexta-feira (29). Na capital, deve ser implantado o serviço do uberX, no qual o motorista oferece carros com quatro portas, ar condicionado e com menos de sete anos de uso. O valor mínimo da corrida é de R$ 6. O serviço estará disponível a partir das 14h.

Para solicitar, o usuário precisa ter o aplicativo instalado no celular e informar sua localização. O próprio Uber identifica o motorista mais próximo e envia o nome e foto do condutor, a média da nota dele no aplicativo, modelo e placa do carro e também é possível estimar o valor da viagem. O motorista só tem informação sobre a localização do passageiro após aceitar a corrida.

O valor a ser cobrado pelo serviço tem uma base de R$ 2,50 pela chamada, mais os valores de percurso e tempo de corrida. Todos os pagamentos são feitos pelo cartão de crédito do usuário, que já é cadastrado no perfil dele no aplicativo. A Uber fica com 25% do valor de cada corrida e o restante fica com o motorista.

Ao final da viagem o usuário avalia o condutor e como foi a experiência. O passageiro também recebe um e-mail com todos os detalhes do trajeto. Para se manter no aplicativo, o motorista precisa ter uma avaliação de, no mínimo, 4,7 estrelas, sendo a máxima 5. Se o condutor tiver nota abaixo desse número, ele recebe feedbacks da própria empresa para melhorar. Se isso não acontecer, ele é excluído da plataforma. A nota média dos motoristas no Brasil é de 4,85.

A gerente de marketing Carolina Pajaro, de 30 anos, contou que já usou o aplicativo em outras cidades. "A praticidade, a segurança é a qualidade do serviço. O motorista abre a porta para você, te pergunta qual música você gostaria de ouvir, se a temperatura está adequada”, afirmou.

Carolina contou ainda que há cerca de um ano sofreu um acidente de trânsito, do qual ainda está se recuperando. Desde então, usa táxi diariamente para ir a todos os lugares.

"O serviço não é bom. Os carros são muito ruins, muitos taxistas não têm comportamento adequado no trânsito, não se preocupam muito com o cliente. Na última semana, no entanto, eu tenho notado um movimento diferente, alguns já se mostraram mais cuidadosos com a vontade do passageiro. Acredito que a tendência [com o Uber] é aumentar a competitividade, o que é muito saudável já que o mercado hoje é muito amador”, avaliou.

A psicóloga Ana Elizabeth Pícolo afirmou que também acredita que a chegada do Uber em outras cidades inspirou mudanças no serviço de táxi. "Acho que é uma concorrência saudável e funciona, pois não prejudica os taxistas. O usuário quer conforto e segurança para chegar ao destino. Tem esse lugar para o Uber em Goiânia, é uma cidade grande”, comentou.

Concorrência desleal

O taxista auxiliar Eudione Souza, de 25 anos, afirma que a concorrência não é justa. "Acho que seria bom para os clientes, a população, mas é uma concorrência desleal conosco, taxistas, que pagamos tantos impostos para realizar nosso serviço”, afirmou.

O também taxista Lucas Costa Oliveira, de 22 anos, concorda com o colega. "Não é justo porque não tem regulamentação, não tem fiscalização. Para alugar um carro de alguma cooperativa de táxi pagamos até R$ 190 para ficar 24h com o veículo, sem falar em combustível, alimentação”, disse.

No entanto, Oliveira reconhece que a categoria precisa passar por melhorias. "Acho que precisamos de mais qualificação, ter jornadas de trabalho menos intensas e mais estrutura para trabalhar, como locais com banheiros”, analisou.

O taxista permissionário José Maria Barbosa, de 46 anos, relatou que ainda tem dúvidas sobre a regulamentação do Uber. "Se um acidente acontecer, como fica? O seguro pode não aceitar. Nós somos regularizados pela prefeitura, mas e eles? O serviço de táxi já é um trabalho de confiança, que existe há muitos anos e a população já conhece. Mesmo assim, pode fazer com que o serviço de táxi seja mais profissional, melhor qualificado”, ponderou.

Motoristas certificados

O diretor de comunicação da Uber no Brasil, Fábio Sabba, explica que para se tornar um motorista cadastrado na plataforma a pessoa precisar ter permissão para dirigir como atividade remunerada e fornecer duas certidões de antecedentes criminais, nos âmbitos estadual e federal.

 "Nós fazemos uma checagem dos antecedentes de todos os interessados e ainda checamos em todos os diários oficiais do Brasil para saber se a pessoa realmente não tem nenhum processo criminal aberto contra ele. Além disso, todas as viagens são rastreadas por GPS e o usuário pode enviar, a através do aplicativo, um link para quem ele quiser, que permite que essa pessoa acompanhe o trajeto e saiba o tempo que ele vai levar até o destino”, pontuou.

Para ser cadastrado na plataforma o condutor também precisa ter toda a documentação do veículo em dia e um seguro que cubra ele e o passageiro, em caso de acidentes, com valor mínimo de R$ 50 mil. As avaliações dos passageiros também são uma forma de "fiscalizar” a qualidade do serviço prestado.

"Essas notas e toda essa responsabilização, de saber com que está indo, com quem para onde também faz com que o motorista pense como um empreendedor, ele é como o dono de uma venda que sabe que se ele atende bem, o cliente vai voltar. Então ele sempre procura atender bem, mais gente deixa de usar carro, o mercado cresce e ele ganha mais dinheiro”, afirmou.

Sabba comentou ainda que os horários de trabalho são estipulados por cada motorista e eles só pagam a porcentagem para a empresa se trabalharem. "Alguns veem o Uber como uma opção para complementar renda e trabalham poucas horas por dia, outros que estão planejando algum gasto maior e querem juntar dinheiro para um fim especifico têm horários mais curtos e, também, aqueles que fazem turnos mais longos, como um trabalho", disse.

Legalidade

O diretor esclareceu ainda que o serviço prestado pela empresa é legal e previsto pela Lei da Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNUD) número 12.587/12, na qual o aplicativo Uber é considerado um serviço de transporte privado. Ainda conforme Sabba, em muitas cidades onde o Uber já existe estão sendo criadas novas medidas para regularizar o tipo de serviço oferecido pela empresa.

O G1 tentou entrar em contato com a prefeitura de Goiânia para saber se existia alguma proposta de regulamentação do serviço, mas as ligações não foram atendidas e o e-mail enviado não foi respondido até a publicação desta reportagem.

Espaço

Fábio Sabba afirmou, ainda, que existe muito espaço para o Uber na capital goiana. "Notamos que, em Goiânia, tem muita gente que tem carro e muita gente que já tem o aplicativo e usa em outras cidades, ou até que já baixou, mas porque está esperando sair aqui”, afirmou.

Goiânia é a sétima cidade a receber o serviço, depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Campinas. Conforme Sabba, a empresa avaliou número de motoristas interessados em se tornar parceiros e a quantidade de pessoas que já têm o aplicativo.

No entanto, a empresa não divulgou número de carros ou de usuários da capital goiana. No Brasil, existem 10 mil motoristas cadastrados e mais de 1 milhão de pessoas que têm o aplicativo desde que a empresa chegou ao país, em 2014.

"O mercado que a gente cria é de pessoas que deixam o carro em casa e começam a usar o Uber porque é mais cômodo, mas confortável e mais barato. No nosso site o usuário pode calcular, com base no que ele gasta com o carro e quantos quilômetros ele roda, se é mais vantajoso ou não ele usar o serviço”, completou o diretor.