sábado, 13 de junho de 2015

Taxistas cobram reforço na frota de São Paulo

12/06/2015 - Diário de SP

Representantes dos taxistas da capital pressionam a Prefeitura para a aumentar a frota de táxis na cidade dos atuais 34 mil para 46 mil veículos. A categoria afirma que se não for aberto um diálogo com a administração municipal sobre o assunto, uma paralisação será realizada em 6 de julho.        

"O Jilmar Tatto (secretário de Transportes) ainda não nos recebeu para tratar do tema", disse o presidente do Simtetaxi (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores nas Empresas de Táxi no Estado de São Paulo), Antonio   Matias, o Ceará.

A afirmação foi feita na quarta-feira (10) à Comissão de Trânsito e Transporte da Câmara Municipal.

De acordo com o Simtetaxi, o acréscimo de 12 mil veículos busca suprir o aumento da demanda de passageiros e diminuir a presença de clandestinos em São Paulo.

O sindicalista também disse que dos 34 mil táxis licenciados, apenas 28 mil efetivamente circulam pelas ruas. "Os outros são  taxistas que saíram do sistema e suas vagas ainda não foram repostas."

Para pressionar a gestão municipal, o sindicato cita o exemplo da cidade do Rio de Janeiro. Com pouco mais da metade da população paulistana, a capital fluminense tem 35 mil táxis, apenas mil a mais que São Paulo, de acordo com o Simtetaxi .

"São Paulo é uma cidade de negócios. Diariamente, milhares de pessoas chegam ao município e precisam de táxis. Isso sem falar nos próprios moradores", lembrou. "Os aplicativos para telefone celular também aumentaram a demanda", disse Ceará.

Pelos cálculos do sindicato, cerca de 500 mil pessoas são transportadas diariamente em táxis na capital paulista.   

Segundo Ceará, a última vez que houve um aumento do número da frota em São Paulo foi em 2012.

Clandestinos/ De acordo com o sindicato, a falta de táxis afeta, principalmente, quem mora na periferia. A consequência direta, conforme Ceará, é a expansão dos clandestinos.  "Estimamos que os irregulares sejam em torno de 20 mil", disse.

Por isso, o sindicato pede a contratação de 500  fiscais pela Prefeitura – hoje são cerca de 100 agentes. "Também queremos uma operação delegada (parceria entre a gestão municipal e a Polícia Militar com 100 PMs na fiscalização", cobrou.  

"Não dá para negar que faltam táxis em São Paulo. Quem procura um taxista, principalmente à noite, não acha. Tem de haver boa vontade da Prefeitura para sanar a questão", disse o vereador Toninho Paiva (PR), presidente da comissão na Câmara Municipal.

Prefeitura diz não ter planos para emissão de novos alvarás

A Secretaria Municipal de Transportes informou, em seu site, que por enquanto não há previsão de emissão de novos alvarás e que o DTP (Departamento de Transporte Público) faz estudos de forma permanente para avaliar a necessidade ou não da inclusão de novos veículos no serviço de táxi  em São Paulo.

Ainda segundo a pasta, o secretário Jilmar Tatto tem recebido os taxistas, seja em reuniões ou em atividades do CMTT (Conselho Municipal de Transporte e Trânsito). "Também está sendo criada a Câmara Temática de assuntos de Táxis com a finalidade de manter um diálogo permanente com a categoria."

Segundo a  pasta, a fiscalização aos  táxis clandestinos é feita por 105 agentes.  "Os veículos são apreendidos ao pátio do DTP e os donos estão sujeitos ao pagamento da taxa de remoção de R$ 521 mais estadia de R$ 41 a cada 12 horas, além de assinar o Termo de Notificação da Multa de R$ 1.915,85." 

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