30/09/2013 - Folha de SP
SAMY DANA
O trânsito Brasil afora está cada vez pior. São Paulo, em especial, vem batendo recordes de congestionamento.
Algumas medidas vêm sendo tomadas para agilizar o transporte público, como a criação de novas vias exclusivas para ônibus.
Contudo, o problema principal persiste: ainda há preferência pelo uso do carro, mesmo que haja outros meios mais eficazes e mais baratos.
Os principais argumentos para justificar o uso de veículos pessoais estão relacionados ao conforto, ao tempo de viagem e ao custo dos táxis.
A análise em relação a ônibus e metrôs é bastante simples: o conforto é, de fato, superior nos carros; já os custos e tempo de viagem podem até ser inferiores, com as novas faixas especiais.
O caso mais interessante é o do táxi, tido como mais caro, mas que, dependendo da distância percorrida, pode representar economia, mantendo o nível de conforto e reduzindo o tempo de viagem, graças à possibilidade de trafegar por faixas exclusivas ao transporte público.
Uma simulação considerando todas as despesas anuais com um carro de R$ 40.000, incluindo depreciação de 15% ao ano, e os custos em valores reais de utilizar táxi para efetuar duas viagens diárias de 10 quilômetros mostra que o custo anual do carro fica em R$ 54.924,52, enquanto que o do táxi fica em R$ 26.838,22, uma diferença de R$ 28.000.
O carro é não somente mais caro, como também envolve o risco de roubo, e gastos com combustível e estacionamentos. O conforto pode ser grande, mas há de se pensar melhor se um bem tão cheio de problemas vale tanto a pena.
SAMY DANA é Ph.D em business, professor da FGV e coordenador do núcleo GV Cult
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
domingo, 29 de setembro de 2013
Nova fábrica da Mercedes será em São Paulo
29/09/2013 - Jornal do Carro
Montadora se reunirá com governo paulista na terça-feira para anunciar decisão. GLA será o primeiro produzido
Tião Oliveira

Mercedes-Benz GLA será o primeiro nacional - Mercedes-Benz/Divulgação
A decisão foi tomada: a nova fábrica da Mercedes-Benz no Brasil ficará no Estado de São Paulo. O anúncio será feito nesta terça-feira, 1º de outubro, em reunião entre os diretores da montadora alemã e o governo paulista.
Será a segunda planta da Mercedes-Benz a produzir automóveis no País. Até 2005, a montadora fabricava a primeira geração do Classe A em Juiz de Fora (MG). Depois, esta unidade passou a dedicar-se à montagem do cupê CLC, também já descontinuado. Agora, foi adaptada para a produção de caminhões.
A cidade mais cotada para receber a fábrica é a pequena Iracemápolis, na região de Limeira, a 153 quilômetros da capital paulista. O primeiro modelo a sair da linha de montagem será o utilitário GLA, o que ocorrerá em 2015, quando a planta ficará pronta - data que foi anunciada pelo presidente da Mercedes-Benz do Brasil e América Latina, Philipp Schiemer, em meados do mês.
Além do GLA, também será feito na fábrica paulista o sedã CLA. A Mercedes-Benz estuda ainda a nacionalização de seu modelo mais vendido no País, o Classe C, que em breve mudará de geração, assim como a do hatch médio Classe A.
Colaborou Rafaela Borges
domingo, 1 de setembro de 2013
Renault vende 1º lote de carros elétricos no país
01/09/2013 - Folha de SP
A Renault anunciou que vendeu três carros elétricos no Brasil. Os veículos foram adquiridos pela CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), que coordena um projeto de estudos sobre soluções em mobilidade urbana. O contrato prevê a comercialização de mais 50 unidades à empresa.
Entretanto, nenhuma montadora oferece um automóvel movido a eletricidade para venda direta ao consumidor. "Faltam incentivos fiscais e ainda não há infraestrutura, como uma rede de postos de recarga", explicou à Folha Gláucia Krefer, chefe de produto da Renault. Confira os principais trechos da entrevista.
Folha - As montadoras propuseram ao governo a criação de cotas para a importação de veículos elétricos com isenção de IPI, já que hoje a alíquota do tributo sobre os carros "verdes" chega a 25%. Esse incentivo fiscal é realmente necessário?
Gláucia Krefer -A tecnologia [de emissão zero] é sofisticada. Sua popularização não depende só das montadoras. Por mais que o volume inicial previsto seja pequeno, serão necessários investimentos em infraestrutura, como ponto públicos de recarga, pois não dá para transferir essa tarefa apenas às concessionárias. Isso limitaria a utilização do carro elétrico em muitas regiões, e todo motorista procura um carro que lhe dê mobilidade. Sobre as isenções fiscais, elas são necessárias e comuns em outros países, porque a tecnologia ainda é cara e precisa ganhar escala para se tornar acessível.
Folha - Quanto tempo falta para isso acontecer no Brasil?
Gláucia Krefer - Não dá para prever, pois isso depende de fatores que estão aquém da vontade das montadoras. Sei que, neste momento, o governo está estudando a proposta. Mas quando houver um start', acredito que a cultura do carro elétrico irá se difundir rapidamente, pois é uma solução viável para reduzir a poluição, principalmente em grandes centros urbanos.
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