domingo, 1 de setembro de 2013

Renault vende 1º lote de carros elétricos no país

01/09/2013 - Folha de SP

A Renault anunciou que vendeu três carros elétricos no Brasil. Os veículos foram adquiridos pela CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), que coordena um projeto de estudos sobre soluções em mobilidade urbana. O contrato prevê a comercialização de mais 50 unidades à empresa.

Entretanto, nenhuma montadora oferece um automóvel movido a eletricidade para venda direta ao consumidor. "Faltam incentivos fiscais e ainda não há infraestrutura, como uma rede de postos de recarga", explicou à Folha Gláucia Krefer, chefe de produto da Renault. Confira os principais trechos da entrevista.

Folha - As montadoras propuseram ao governo a criação de cotas para a importação de veículos elétricos com isenção de IPI, já que hoje a alíquota do tributo sobre os carros "verdes" chega a 25%. Esse incentivo fiscal é realmente necessário?

Gláucia Krefer -A tecnologia [de emissão zero] é sofisticada. Sua popularização não depende só das montadoras. Por mais que o volume inicial previsto seja pequeno, serão necessários investimentos em infraestrutura, como ponto públicos de recarga, pois não dá para transferir essa tarefa apenas às concessionárias. Isso limitaria a utilização do carro elétrico em muitas regiões, e todo motorista procura um carro que lhe dê mobilidade. Sobre as isenções fiscais, elas são necessárias e comuns em outros países, porque a tecnologia ainda é cara e precisa ganhar escala para se tornar acessível.

Folha - Quanto tempo falta para isso acontecer no Brasil?

Gláucia Krefer - Não dá para prever, pois isso depende de fatores que estão aquém da vontade das montadoras. Sei que, neste momento, o governo está estudando a proposta. Mas quando houver um start', acredito que a cultura do carro elétrico irá se difundir rapidamente, pois é uma solução viável para reduzir a poluição, principalmente em grandes centros urbanos.

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