terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Depois das ‘bikes’, Recife ganha aluguel expresso de carros elétricos

16/12/2014 - O Globo


O Recife acaba de se tornar a primeira capital do país a contar com sistema de compartilhamento de carros elétricos, num modelo similar ao do aluguel de bicicletas que se espalhou por 14 cidades brasileiras. O projeto piloto foi lançado ontem, com três unidades, e deve operar para o público já no início de 2015.

Fabricados na China, os carrinhos são da montadora ZhiDou (ZD) e têm autonomia para rodar por 120 quilômetros após uma carga de seis horas em eletricidade. O sistema vinha sendo desenvolvido havia cinco anos e enfrentou problemas burocráticos, como a dificuldade de emplacamento, uma vez que, pela lei, carro elétrico é quadriciclo.

TRÊS ESTAÇÕES NA CIDADE

Depois de um acordo com o Detran, o veículo recebeu uma matrícula especial de cor verde e pode ser multado, caso o usuário cometa alguma infração. Mas não pode deixar o Estado de Pernambuco.
As estações foram instaladas no bairro do Derby e em duas áreas do Centro: em frente à prefeitura e próximo à Casa da Cultura. Por enquanto, há 20 usuários cadastrados, que serão encarregados de avaliar o sistema. Para utilizar os veículos, pagamse taxas de R$ 30, na inscrição, e R$ 20, na reserva. Se houver caronas, a taxa cai para R$ 10 por pessoa. Como no sistema de bicicletas Bike Rio e Bike Pernambuco, entre outros, a retirada é feita por um aplicativo instalado no smartphone, que mostra as estações e os carros disponíveis. O tempo permitido para a utilização do carro é de meia hora. Em caso de extrapolamento, o usuário vai pagar R$ 0,75 por minuto adicional.

O usuário precisa ter mais de 18 anos, habilitação e cartão de crédito. Após a inscrição, pelo celular, é preciso apresentar documentos no bairro do Recife Antigo, na sede da Porto Digital, incubadora de iniciativas na área de tecnologia da informação que desenvolveu o projeto em parceria com a empresa Serttel, a mesma dos aluguéis de bicicletas.

— Esperamos que, com a consolidação desse projeto, o poder público reconheça o seu valor e sua importância e promova a sua expansão, como ocorreu com o aluguel de bicicletas — afirmou Francisco Saboia, presidente da Porto Digital.

O projeto custou R$ 500 mil e contou com recursos do Ministério de Ciência e Tecnologia, da Serttel e da Porto Digital, além de apoio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco.

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