segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Brasileiros criam o Borajunto, que estreia no Rio no dia 20

17/11/2014 - Valor Econômico

Quem nunca deixou de pegar um táxi com pena do dinheiro gasto? Pensando nisso dois jovens brasileiros desenvolveram um aplicativo para estimular o compartilhamento de táxi. O sistema Borajunto deve estrear para o público, a princípio na cidade do Rio de Janeiro, no dia 20 de novembro.

O usuário baixa o programa do Borajunto, que se conecta ao Facebook. A partir daí, pode-se criar grupos de conversas de até quatro pessoas interessadas em dividir um táxi para determinado local.

O aplicativo não estará apto para chamar um carro, mas para reunir interessados em dividir um táxi, que pode ser parado na rua ou chamado por telefone.

A dupla foi a vencedora, na sexta-feira, em Chengdu (China), do Michelin Challenge Bibendum. O aplicativo venceu uma disputa entre quatro finalistas que já haviam passado numa peneira com outros 315 equipes de 38 países. A competição não concedeu prêmios, mas mostrou a uma plateia de empresários - os sete juízes da final pertenciam a empresas como GDF Suez, Michelin e PSA Peugeot-Citröen - inovações na área de mobilidade urbana.

O Borajunto foi criado por Ticiana Ribeiro, 30 anos, formada em administração e com mestrado em geografia de transporte na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e Pedro Dias, de 23 anos, formado em design de mídias digitais pela PUC-Rio. "Estaremos em breve em São Paulo. E no futuro o aplicativo também será usado para chamar os táxis", diz Ticiana.

"Vimos que funcionava quando juntamos três alunas da PUC que moravam na Tijuca [bairro da zona norte do Rio]", disse Ticiana, lembrando que as três tinham os mesmos horários de segunda a quinta-feira e iam para a faculdade em táxis separados. Depois de testar o aplicativo, a média de gasto de cada uma das três alunas passou de R$ 120 para R$ 40 por semana.

O desenvolvimento do aplicativo conta ainda com dois programadores, um para Android e outro para IOS. Os recursos, R$ 92 mil obtidos na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) na época do Start-Up Rio, garantem os custos até junho do ano que vem. O aplicativo, que já tem 4,8 mil pré-inscritos, será gratuito nos primeiros dois meses, quando entrará em operação a forma de remuneração escolhida por Dias e Ticiana: um percentual da economia mensal dos usuários.

"Ao se cadastrar o usuário fornece o número do cartão. A cada 30 dias cobramos 10% do que for economizado nas corridas", explicou Dias. O usuários preenche o valor da corrida e a economia que fez ao dividir o táxi. Evitou-se cobrar dos taxistas, uma vez que isso poderia afastá-los desse tipo de corrida compartilhada. A aproximação com os donos de táxi se deu em conversas com a associação dos taxistas (Abrataxi) e com a Secretaria Municipal de Transportes Urbanos (SMTR) do Rio.

A dupla brasileira venceu três engenheiros franceses que apresentaram um projeto de carro que pode ser desmontado em casa e adaptado à necessidade diária do proprietário. E a dupla da Índia mostrou o projeto de fabricação de hidrogênio para ser usado como combustível a partir do lixo produzido por fábricas de doces e chocolates.

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