sábado, 8 de dezembro de 2012

Produção de veículos no Brasil deve cair pela 1ª vez em dez anos

07/12/2012 - Folha de São Paulo



A produção anual de veículos no Brasil vai cair pela primeira vez em dez anos, segundo projeção da Anfavea (associação das montadoras) divulgada nesta sexta-feira (7).



Depois de sustentar uma previsão de alta de 2% até o mês passado, a entidade agora projeta para 2012 um recuo de 1,5% na produção.



Produção de veículos cresce 10,5% em novembro

Indústria automotiva prevê crescimento de 4% em 2013



Entre janeiro e novembro, foram produzidos 3,083 milhões de veículos no Brasil, número 2,1% inferior ao do mesmo período do ano passado.



As montadoras fabricaram 301,7 mil unidades em novembro, 5,3% a menos do que em outubro, mas 10,5% a mais do que no mesmo mês de 2011.



Em dezembro, as fábricas devem elevar o nível de produção. Algumas empresas já anunciaram a suspensão das férias coletivas, tradicionalmente previstas para meados de dezembro.



O intuito é fazer frente à demanda de um mercado ainda aquecido pelo IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido.



VENDAS



Apesar da queda na produção, o setor deve registrar mais um ano com recorde de vendas e crescimento bem superior ao PIB (Produto Interno Bruto). A expectativa da Anfavea é terminar o ano com alta de 4,9% nas vendas, ante crescimento estimado em cerca de 1% para toda a economia brasileira.



Em novembro, as vendas caíram 3% na comparação com 2011, afetadas principalmente pelos feriados e pela antecipação das compras em outubro, quando acabaria o benefício do IPI reduzido --ele foi prorrogado pela segunda vez até 31 de dezembro.



No acumulado do ano, porém, as vendas registram alta de 4,8% (3,442 milhões de unidades).



A expectativa é que o fenômeno da corrida dos consumidores às concessionárias se repita no último mês do ano devido ao fim do IPI e à injeção do 13º salário na economia, resultando em um mês com forte volume de vendas.



"Temos que trabalhar para chegar nesses números. Não é só fazer a projeção", diz o presidente da entidade, Cledorvino Belini. Ele descarta uma nova prorrogação do IPI reduzido a partir de janeiro. Para 2013, a previsão é que os negócios cresçam 4% ante 2012.







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